O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance (Partido Republicano), afirmou que o empresário Elon Musk cometeu um “grande erro” ao confrontar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano). A declaração foi feita em entrevista ao comediante Theo Von na sexta-feira (6.jun.2025).

Houve frustrações [de Musk, em relação ao governo], mas considero um grande erro ele ter perseguido o presidente dessa maneira.

Vance então buscou suavizar a situação e expressou a esperança de que o empresário se aproximasse do grupo no futuro.

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Acredito que, em algum momento, Elon possa retornar ao grupo. Talvez não seja viável no presente, devido à sua situação tão delicada.

Vance negou veementemente as acusações de Musk de que Trump estaria envolvido no esquema de abuso sexual de Jeffrey Epstein. “De forma alguma. Donald Trump não fez nada de errado com Jeffrey Epstein”, declarou o vice-presidente.

Compreenda a sequência do confronto entre Trump e Musk.

O executivo renunciou ao cargo um dia após afirmar à imprensa que estava “decepcionado” com o pacote fiscal de Trump. De acordo com agências independentes da Câmara dos EUA, a proposta de lei aumentaria mais de US$ 2 trilhões o déficit das contas públicas em 10 anos.

Após deixar o cargo, em terça-feira (3.jun), Musk criticou, em seu perfil no X, o “grande e lindo” projeto de lei e o chamou de “abominação repugnante”. Afirmou que “não aguentava mais” criticar o pacote.

Na quinta-feira (5 de jun), durante o encontro na Casa Branca com o chanceler alemão Friedrich Merz, Trump foi questionado sobre as declarações de Musk. Ele afirmou estar “muito desapontado” com o dono da Tesla e disse que o empresário conhecia o pacote fiscal.

O republicano afirmou que “mandou Musk” embora do governo devido ao fato do empresário estar irritado com o fim do que chamou de “mandato do carro elétrico”, em referência às políticas de eletrificação de seu antecessor Joe Biden, que incentivavam a produção de veículos sustentáveis nos EUA.

Preferiria que ele [Elon Musk] me criticasse do que criticasse a lei. Ele conhecia esse projeto de lei melhor do que ninguém e só teve um problema quando descobriu que eu cortaria a obrigatoriedade de veículos elétricos”, disse o presidente dos EUA na Casa Branca.

Posteriormente, no mesmo dia, em sua conta na Truth Social, o republicano afirmou que Musk agiu de maneira “louca” ao criticar a proposta. Declarou que “a maneira mais simples de economizar bilhões de dólares” seria extinguir os subsídios governamentais das empresas de Musk.

O empresário declarou que o governo “nunca” apresentou o pacote fiscal a ele, “nem mesmo uma vez”. Musk complementou que o projeto foi aprovado “na calada da noite” e que “quase ninguém no Congresso conseguiu lê-lo”.

Após algumas horas, o empresário publicou em sua conta no X que, sem ele, Trump teria perdido a eleição. Em seguida, retornou ao seu perfil para declarar que o nome do presidente norte-americano estaria nos “Epstein Files”, arquivos que detalham o esquema de tráfico sexual e prostituição de menores orquestrado pelo bilionário norte-americano Jeffrey Epstein (1953-2019).

Na quinta-feira, Musk declarou que encerrará as operações da nave espacial Dragon, produzida pela SpaceX para atender às necessidades do governo dos Estados Unidos. A nave é utilizada pela NASA para transportar astronautas à Estação Espacial Internacional. Posteriormente, o bilionário reconsiderou a decisão.

O empresário sul-africano prosseguiu com as provocações no X. Na quinta rodada, respondeu a uma publicação que defendia o impeachment de Trump.

Em 6 de junho, realizou-se uma enquete em seu perfil, indagando aos seguidores se seria viável a criação de um novo partido político nos EUA. Na pesquisa, 80% dos usuários que responderam manifestaram essa opinião.

Na mesma ocasião, em entrevista a repórteres, Trump afirmou que não tem a intenção de dialogar com Musk e que “não está considerando” o empresário.

Na sábado (7.jun), o bilionário retornou após ter dito algo contra Trump e removeu a publicação que fez em seu perfil no X, ligando o republicano a Jeffrey Epstein.

Fonte por: Poder 360