Musk ignora cortes propostos por nova divisão
Em quase seis meses como líder da Doge, o bilionário não cumpriu a promessa de reduções de US$ 2 trilhões.

Após seis meses de sua criação, o Doge (Departamento de Eficiência Governamental, na sigla em inglês), projeto central do governo norte-americano para a redução de despesas e o aprimoramento administrativo, não obteve os resultados dos cortes previamente anunciados.
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A proposta inicial de Elon Musk, apresentada em outubro de 2024 durante um evento de campanha de Donald Trump (Partido Republicano) no Madison Square Garden, em Nova York, surpreendeu inclusive os organizadores. Musk anunciou a redução de aproximadamente um terço do orçamento federal anual: US$ 2 trilhões.
De acordo com Howard Lutnick, secretário de Comércio do governo Trump, a menção feita por Musk no pronunciamento não fora previamente combinada.
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“O entendimento era que ele deveria [afirmar que reduziria] 1 trilhão de dólares […], o que eu deveria responder?”, afirmou Lutnick quando questionado sobre o tema.
O site oficial do departamento indica que a instituição obteve economia de US$ 170 bilhões. O Financial Times, contudo, apurou que deste total, apenas US$ 31,8 bilhões estão ligados a contratos revisados. Apenas 6.700 documentos foram examinados. Ainda há US$ 12,8 bilhões provenientes dos cortes da USaid.
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A economia se beneficia de US$ 840 milhões em contratos com vencimento e US$ 289 milhões em acordos que estão próximos de serem finalizados. Nos contratos, a economia real alcança US$ 12,4 bilhões. Deste total, US$ 1,4 bilhão corresponde a um contrato já reduzido sob a administração Biden, que custou até agora US$ 73 milhões.
Evidências sugerem a ampliação artificial de valores para aumentar os resultados, e que contratos já finalizados foram apresentados como novas reduções de despesas. Os dados do Tesouro americano até o momento não indicam nenhuma queda nos gastos públicos.
Elon Musk, por sua vez, está menos envolvido na gestão do Doge. A diminuição de sua participação política ocorre após a queda nas ações da Tesla, e em face da pressão do Congresso norte-americano.
Fonte: Poder 360