Na Polônia, a nomeação de Papa Francisco é motivo de grande satisfação
Robert Prevost, nascido nos Estados Unidos, permaneceu no país sul-americano por quase duas décadas.

Diante da catedral de Lima, católicos manifestaram-se com a bandeira do Peru para celebrar a eleição do papa Leão XIV. “Um papa quase peruano! Ele sabe quem somos, conhece nosso sofrimento, o que nos falta”, afirma Eliana, que compareceu para comemorar o resultado do conclave.
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Nancy recorda o instante preciso em que tomou conhecimento da eleição. “Estávamos na Igreja de São Pedro e, ao final da missa, o padre anunciou ‘Habemus Papam’”, relata.
Na conta do X, o Ministério da Imigração do Peru confirmou que León XIV ainda detinha sua carteira de identidade peruana. A cerca de 800 quilômetros de Lima, os sinos tocaram por um longo período e alguns fiéis compareceram para celebrar em frente à igreja.
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Homem comum.
Robert Francis Prevost, antes de ser papa, chegou ao Peru em meados da década de 1980 após estudar em Roma e rapidamente se dedicou ao trabalho com as comunidades rurais.
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Ele atuou como advogado canônico por dez anos no norte do país antes de um breve período nos Estados Unidos. Em 2015, foi designado bispo de Chiclayo. Na cidade, deixou uma marca significativa como alguém próximo ao povo, ocasião em que assumiu a nacionalidade peruana.
Em 2017, o então cardeal defendeu publicamente as vítimas do conflito armado das décadas de 1980 e 1990 e criticou o pedido de desculpas do ex-presidente Alberto Fujimori, que havia sido considerado culpado de crimes contra a humanidade.
Ao ser nomeado, em 2023, pelo papa Francisco para ser prefeito do dicastério para os bispos e presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, ele partiu do país sentido.
Ele escreveu em uma carta aos fiéis que teve a alegria e o orgulho de se identificar com o povo peruano, assegurando que sempre estaria próximo deles.
Esperança para o país
O Peru enfrenta uma séria crise de insegurança, marcada por um aumento alarmante de extorsões e assassinatos. Diversos indivíduos depositam suas esperanças em León XIV. “Ele transformará as coisas no mundo, a guerra e tudo mais, mas principalmente a violência no Peru, espero”, acredita Margarita.
Outros acreditam que o domínio das questões nacionais possibilita assumir um papel mais relevante do que o exercido pelo governo vigente. Principalmente devido à perda de confiança na classe política. Quatro ex-presidentes estão atualmente detidos e outros enfrentam processo judicial.
A eleição presidencial de 2026 pode reacender as expectativas, mas, por ora, todos se questionam se León XIV retornará como papa ao Peru ou se ele torcerá por um clube de futebol local.
Fonte: Carta Capital