As autoridades de saúde de Gaza alertaram para uma possível onda de mortes causada pela crise de fome no território, que já ceifou a vida de pelo menos 19 pessoas desde sábado (19), segundo o Ministério da Saúde da cidade controlado pelo Hamas.
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A UNRWA, agência da ONU para refugiados focada nos palestinos, declarou no X que estava recebendo mensagens urgentes de Gaza sobre a fome, incluindo aquelas provenientes de sua própria equipe, em razão do elevado custo dos alimentos.
Morte durante o deslocamento para adquirir provisões.
Na terça-feira (22) vários palestinos caminharam pelas ruas de Gaza transportando sacos de farinha que obtiveram após caminhões carregados com ajuda humanitária chegarem de Israel pela área central da cidade.
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“Não comemos há cinco dias”, disse Mohammed Jundia, um palestino deslocado do bairro de Shujaiya, enquanto carregava um saco. “Não consigo nem andar com o saco por tanta fome.”
Jundia também declarou que “é um homem ferido” e não consegue se locomover com facilidade para receber comida.
Adicionalmente, na segunda-feira (21), as Nações Unidas informaram que mais de 1.000 pessoas faleceram ao se deslocar para os locais de distribuição administrados pela GHF (Fundação Humanitária de Gaza), organização privada apoiada por Israel e pelos Estados Unidos.
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A ofensiva militar israelense sobre o Hamas no território já resultou na morte de mais de 59 mil palestinos, de acordo com dados de saúde, e provocou o deslocamento da população civil quase completa, gerando uma grave crise humanitária.
Compreenda o conflito na Faixa de Gaza
Desde outubro de 2023, Israel tem conduzido ataques intensos na Faixa de Gaza, após o Hamas realizar um ataque terrorista contra o país.
Entre 7 de outubro de 2023 e 13 de julho de 2025, o Ministério da Saúde de Gaza comunicou que pelo menos 58 mil palestinos perderam a vida e mais de 138 mil ficaram feridos. Essa contagem engloba mais de 7.200 mortes desde o término do cessar-fogo em 18 de março deste ano.
O Ministério não diferencia entre civis e combatentes do Hamas em sua contagem, porém relata que mais de 50% dos mortos são mulheres e crianças. Israel afirma que pelo menos 20 mil são combatentes.
Desde o final de maio, quando a GHF (Fundação Humanitária de Gaza), sediada nos EUA, iniciou a distribuição de alimentos, a ONU (Organização das Nações Unidas) comunicou que 798 pessoas perderam a vida após tentar obter alimentos.
Das mortes relatadas, 615 ocorreram em áreas próximas a instalações da GHF.
ocorram mortes.
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Das mortes relatadas, 615 ocorreram em áreas próximas a instalações da GHF e 183 em trajetos de convoyes humanitários, sobretudo da ONU.
O Órgão Central de Estatísticas da Palestina informou, em 10 de julho, que a população de Gaza diminuiu de 2.226.544 em 2023 para 2.129.724. A estimativa aponta para a saída de aproximadamente 100 mil palestinos de Gaza desde o início do conflito.
Entre 7 de outubro de 2023 e 13 de julho de 2025, segundo dados oficiais israelenses, cerca de 1.650 israelenses e estrangeiros perderam a vida em decorrência do conflito. Inclui-se 1.200 mortos em 7 de outubro e 446 soldados falecidos em Gaza ou na fronteira com Israel desde o início da operação terrestre em outubro de 2023.
Desde o agravamento dos conflitos em março, 37 militares faleceram e 197 sofreram ferimentos. Aparentemente, 50 cidadãos israelenses e estrangeiros ainda estão em cativeiro em Gaza, entre eles 28 reféns que foram oficialmente declarados mortos e cujos corpos permanecem sob custódia.
Desde 18 de março deste ano, o Exército de Defesa Israelense divulgou 54 ordens de evacuação, que cobrem aproximadamente 81% da área da Faixa de Gaza.
O Programa Mundial de Alimentos da ONU declarou que isso resultou no deslocamento de mais de 700 mil indivíduos nesse período.
Em 9 de julho, 86% da Faixa de Gaza encontravam-se em áreas militarizadas israelenses ou sob ordens de deslocamento. Diversas pessoas procuravam abrigo em locais de deslocamento superlotados, abrigos improvisados, edifícios e vias danificadas.
Fonte por: CNN Brasil