O primeiro-ministro israelense, Benjamin gaza/”>Netanyahu, admitiu que seu país apoia um grupo armado em Gaza inimigo do grupo terrorista israel-e-hamas-ja-matou-pelo-menos-10-mil-pessoas-segundo-registro/”>Hamas, após declarações de um ex-ministro que sugeriu a entrega de armas israelenses à organização. Meios de comunicação israelenses e palestinos apontaram que o grupo apoiado por Israel faz parte de uma tribo beduína liderada por Yasser Abu Shabab. O Conselho Europeu de Relações Exteriores, um centro de estudos europeu, define Abu Shabab como o líder de “um bando criminoso que opera na área de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e é acusado de desviar veículos de ajuda humanitária”. O deputado e ex-ministro da Defesa israelense, Avigdor Liberman, afirmou ao canal Kan que o governo estava “fornecendo armas a um grupo de criminosos e delinqüentes” sob as instruções do primeiro-ministro Netanyahu.
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“O que Lieberman revelou? Por que as forças de segurança ativaram um clã em Gaza que se opõe ao Hamas? E o que há de errado nisso?”, questionou Netanyahu em um vídeo publicado nas redes sociais na quinta-feira. “Isso é bom, porque está salvando as vidas de soldados israelenses”, argumentou. Michael Milshtein, especialista em assuntos palestinos do Centro Moshe Dayan em Tel Aviv, disse à AFP que o clã Abu Shabab faz parte de uma tribo beduína espalhada pela fronteira entre Gaza e a Península do Sinai, no Egito. Alguns membros dessa tribo, disse ele, estiveram envolvidos “em todos os tipos de atividades criminosas, como tráfico de drogas e coisas do tipo”.
Milshtein acrescentou que Abu Shabab esteve detido por um período em Gaza e que os líderes de seu clã o denunciaram recentemente como “colaborador” de Israel. “Aparentemente, o Shabak [agência de segurança israelense] ou o exército consideraram que seria uma ideia fantástica transformar essa milícia, que na realidade é uma gangue criminosa, em uma aliada e fornecer-lhe armas, dinheiro e abrigo” das operações militares israelenses, disse Milshtein. O especialista destacou que o Hamas matou quatro membros dessa gangue há vários dias. Israel frequentemente acusa o Hamas, com quem está em guerra há 20 meses, de desviar ajuda humanitária de caminhões que entram em Gaza.
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O Hamas, por sua vez, sustenta que o clã beduíno optou por “traição e latrocínio” e apresentou evidências de uma “coordenação clara entre essas gangues de saqueadores, colaboradores da ocupação israelense”, e o próprio exército inimigo, no saque de ajuda e na fabricação de crises humanitárias que agravam o sofrimento dos palestinos. As Forças Populares, como o grupo Abu Shabab se autodenomina, negaram no Facebook que tenham sido “uma ferramenta da ocupação israelense”.
Netanyahu declara que quatro militares israelenses faleceram em Gaza.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também anunciou a morte de quatro soldados. De acordo com jornalistas locais, os soldados faleceram em um edifício com armadilhas explosivas. Netanyahu expressou suas condolências às famílias de nossos quatro heróis mortos em Gaza na luta para derrotar o Hamas e trazer de volta os nossos reféns. “Nossos quatro combatentes sacrificaram suas vidas pela segurança de todos nós”, acrescentou. Suas mortes elevam o número de soldados israelenses mortos desde o início da ofensiva terrestre em Gaza para 429.
O exército declarou que quatro soldados faleceram no sul de Gaza. A mídia israelense relatou que estavam em uma residência em Khan Yunis quando o local foi destruído por uma explosão. O exército informou que outro oficial da reserva ficou ferido gravemente no mesmo incidente. Israel intensificou recentemente sua campanha em Gaza, considerando-a um novo esforço para derrotar o Hamas, cujo ataque em 7 de outubro de 2023 iniciou o conflito.
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Com informações da AFP Publicado por Fernando Dias
Fonte por: Jovem Pan