Netanyahu afirma que Israel e EUA estão considerando alternativas em relação a Gaza e ao Hamas
Declaração é emitida após os países mobilizarem seus negociadores para discussões; o cessar-fogo encontra-se em situação de incerteza.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está avaliando “opções alternativas” para resgatar os reféns do Hamas e extinguir o governo do grupo palestino em Gaza.
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A declaração é feita após Israel e os Estados Unidos terem convocado de volta os negociadores que discutiam o cessar-fogo no Catar.
O enviado especial (dos EUA) para o Oriente Médio, Steve Witkoff, estava correto. O Hamas é o obstáculo para um acordo de libertação dos reféns, afirmou Netanyahu.
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Em conjunto com nossos parceiros dos Estados Unidos, estamos avaliando diferentes possibilidades para retornar nossos sequestrados, extinguir o terrorismo do Hamas e assegurar uma paz estável para Israel e nossa região, declarou.
Steve Witkoff declarou que a última atitude do Hamas revelou “ausência de vontade de alcançar um cessar-fogo”, o que o grupo descreveu como “tendencioso”.
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Uma fonte israelense declarou na quinta-feira (24) que as chamadas de retorno não são um indicativo de uma crise nas negociações, e os Estados Unidos afirmaram que permanecem comprometidos em buscar um cessar-fogo.
Compreenda o conflito na Faixa de Gaza
Desde outubro de 2023, Israel tem intensificado seus ataques na Faixa de Gaza, em resposta ao lançamento de um ataque terrorista contra o país pelo Hamas.
Entre 7 de outubro de 2023 e 13 de julho de 2025, o Ministério da Saúde de Gaza comunicou que pelo menos 58 mil palestinos perderam a vida e mais de 138 mil ficaram feridos. Essa contagem engloba mais de 7.200 mortos desde o término do cessar-fogo em 18 de março deste ano.
O Ministério não diferencia entre civis e combatentes do Hamas em sua contagem, mas relata que mais de metade dos falecidos são mulheres e crianças. Israel afirma que pelo menos 20 mil são combatentes.
A ONU comunicou, em 11 de julho deste ano, que 798 indivíduos perderam a vida após tentar conseguir alimentos, a partir do final de maio, data em que a GHF (Fundação Humanitária de Gaza), com sede nos EUA, iniciou a distribuição de alimentos.
Das mortes relatadas, 615 ocorreram em áreas próximas a instalações da GHF e 183 em trajetos de convoyes humanitários, sobretudo da ONU.
O Órgão Central de Estatísticas da Palestina informou, em 10 de julho, que a população de Gaza havia diminuído de 2.226.544 em 2023 para 2.129.724. Estima-se que aproximadamente 100 mil palestinos tenham abandonado Gaza desde o início do conflito.
Entre 7 de outubro de 2023 e 13 de julho de 2025, conforme dados oficiais de Israel, cerca de 1.650 israelenses e residentes não israelenses perderam a vida em razão do conflito.
Inclui 1.200 mortos em 7 de outubro e 446 soldados mortos em Gaza ou na fronteira com Israel desde o início da operação terrestre em outubro de 2023. Desses, 37 soldados foram mortos e 197 feridos desde o aumento dos confrontos em março.
Acredita-se que cerca de 50 israelenses e estrangeiros ainda estejam em cativeiro em Gaza, entre eles 28 reféns considerados falecidos e cujos corpos permanecem sob custódia.
Desde 18 de março deste ano, as Forças Armadas israelenses emitiram 54 ordens de deslocamento, cobrindo aproximadamente 81% da Faixa de Gaza. O PMA da ONU declarou que isso resultou no deslocamento de mais de 700 mil pessoas durante esse período.
Em 9 de julho, 86% da Faixa de Gaza encontravam-se em áreas militarizadas israelenses ou sob ordens de deslocamento. Diversas pessoas procuravam abrigo em locais de deslocamento superlotados, abrigos improvisados, edifícios e vias danificadas.
Fonte por: CNN Brasil