Netanyahu alega que França, Reino Unido e Canadá estão a “incentivar” o Hamas

Estados Unidos, União Europeia e outros países exigem que Israel cesse a operação militar em Gaza e autorize a entrada de assistência humanitária.

23/05/2025 8h37

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(Imagem de reprodução da internet).

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou os líderes da França, Reino Unido e Canadá de desejarem auxiliar o grupo palestino Hamas, após que eles ameaçassem implementar “medidas concretas” caso Israel não interrompesse sua mais recente operação em Gaza.

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A crítica, que teve ecos de declarações parecidas do ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, na quinta-feira (22), fez parte de uma reação do governo israelense contra a pressão internacional crescente sobre a guerra em Gaza.

Netanyahu afirmou: “Vocês estão do lado errado da humanidade e do lado errado da história”.

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À medida que a disseminação de imagens de destruição e fome em Gaza persiste, gerando protestos em diversos países, o governo israelense tem buscado modificar a percepção global, que se mostra cada vez mais contrária a ele.

É difícil convencer pelo menos algumas pessoas, precisamente da extrema-esquerda nos EUA e em alguns países da Europa, de que o que Israel está fazendo é uma guerra de defesa.

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Ele persistiu em afirmar que “é assim que as coisas são percebidas em Israel, e preencher essa lacuna às vezes é uma missão impossível”.

Pressão por criação de um Estado Palestino

O governo israelense demonstra grande preocupação com o aumento das pressões para que nações europeias, incluindo a França, acompanhem outros países, como Espanha e Irlanda, no reconhecimento de um Estado Palestino, como elemento de uma solução de dois Estados para solucionar o conflito de décadas na região.

Netanyahu alega que um Estado palestino representaria uma ameaça a Israel e apresentou o assassinato de dois funcionários da embaixada israelense em Washington nesta semana, perpetrado por um indivíduo que gritava “Palestina Livre”, como evidência dessa ameaça.

Ele declarou que o mesmo cântico foi ouvido durante o ataque a Israel pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.

Eles não desejam um Estado Palestino. Eles querem destruir o Estado Judeu.

Não desejam um Estado palestino. Querem destruir o Estado judeu. Desejam aniquilar o povo judeu, que reside na Terra de Israel por 3.500 anos.

Benjamin Netanyahu (@IsraeliPM) 22 de maio de 2025

“Continuou, afirmando que não compreendia como essa simples realidade escapa aos líderes da França, Reino Unido, Canadá e outros”,

Os três líderes salientaram que, em vez de promover a paz, estão incentivando o Hamas a continuar lutando indefinidamente.

O chefe israelense, cujo governo depende do apoio da direita radical, afirmou que o Hamas, que divulgou uma declaração comemorando a decisão, agradecia ao presidente francês Emmanuel Macron, ao primeiro-ministro britânico Keir Starmer e ao canadense Mark Carney pelo que ele considerava ser sua demanda por um cessar-fogo imediato.

Ataques contra Israel

Os líderes declararam que não era necessário o encerramento imediato do conflito, porém suspenderam a nova ofensiva militar de Israel em Gaza e suspenderam as restrições à ajuda humanitária.

Israel interrompeu o bloqueio à Faixa de Gaza a partir de março, permitindo a entrada de ajuda nesta semana.

Ao apresentar sua reivindicação – carregada de ameaças de sanções contra Israel, contra Israel, não contra o Hamas – esses três líderes efetivamente quiseram que o Hamas permanecesse no poder, afirmou o primeiro-ministro.

Netanyahu afirmou que “eles lhes fornecem esperança de estabelecer um segundo Estado Palestino a partir do qual o Hamas tentará novamente destruir o Estado Judeu”.

Fonte: CNN Brasil

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