Netanyahu decide ocupar totalmente a Faixa de Gaza, afirma emissora israelense
Atualmente, o Exército israelense controla aproximadamente 75% do território palestino.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu decidiu ocupar totalmente a Faixa de Gaza, informou nesta segunda-feira (4) o Canal 12, um dos principais de Israel, com base em fontes do governo do país. Segundo o Canal, o premiê deve anunciar a decisão na terça-feira (5).
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Atualmente, o Exército de Israel ocupa cerca de 75% do território palestino. Se confirmada, a decisão ocorre em meio ao agravamento da crise política em Israel e à pressão sobre Netanyahu pelo fim da guerra com o grupo terrorista Hamas.
Mais cedo, o governo votou unanimemente pela demissão da procuradora-geral Gali Baharav-Miara, ampliando um impasse com o Judiciário que, segundo críticos, ameaça as instituições democráticas de Israel.
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A votação acontece em meio aos protestos por um cessar-fogo com o grupo terrorista Hamas, que se intensificaram nos últimos dias, após a divulgação de vídeos onde dois reféns israelenses, Rom Braslavski e Evyatar David, aparecem visivelmente desnutridos e debilitados. A demissão da procuradora foi suspensa pela Suprema Corte, enquanto é feita a análise da sua legalidade. O grupo de vigilância cívica “Movimento por um Governo de Qualidade em Israel” ainda enviou uma petição emergencial após a votação, com assinaturas de 15 mil cidadãos que consideram a decisão ilegal.
O governo modificou os procedimentos de demissão somente após falhar em removê-la pelas vias legais, denunciaram. Manifestantes afirmam que a exoneração faz parte de uma ofensiva para enfraquecer o sistema judicial do país e que os constantes impasses também têm caráter pessoal para Netanyahu. O primeiro-ministro é investigado e está sendo julgado pelos crimes de corrupção, fraude, quebra de confiança e suborno. Para muitos, a situação representa um conflito de interesses.
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Essa não é a primeira vez que Netanyahu é acusado de minar o Judiciário. Em 2023, sua proposta de reforma judicial provocou protestos em larga escala e, segundo diversos israelenses, prejudicou a reação do país ao ataque do Hamas em outubro – o evento que desencadeou o conflito presente.
Fonte por: Jovem Pan