Netanyahu: “Se não ganharmos agora, será a vez da Europa”
14/11/2023 às 9h36
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tem tido mais entrevistas na TV dos Estados Unidos ultimamente. Na segunda-feira à noite (13/11), ele falou novamente com a Fox News. Durante a conversa, ele disse que ganhar contra o Hamas é importante para parar também o Hezbollah.
O Hamas atacou pessoas inocentes em 7 de outubro e é responsável pela violência na Faixa de Gaza. O Hezbollah é outra organização com a qual Israel está em conflito, na fronteira com o Líbano.
Netanyahu foi perguntado se a derrota do Hamas serviria como mensagem também para o Hezbollah. “É uma mensagem necessária. Pode não ser suficiente, mas é definitivamente necessária. Sem ela, certamente não haverá qualquer dissuasão no norte”, opinou.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, visita soldados israelenses em Be’eri e Kfar Aza, no sul de Israel, perto da fronteira com Gaza, em 14 de outubro de 2023
Rishi Sunak, um político britânico, e Benjamin Netanyahu, um político israelense.
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O primeiro-ministro deixou claro que o objetivo agora é eliminar o Hamas, especialmente por causa dos atos terroristas que ocorreram em 7 de outubro. Ele afirmou em uma entrevista que o Hamas terá consequências e que outros países também podem ser alvos desse grupo.
“É importante vencer não só por nós mesmos, mas também pelo bem de todo o Oriente Médio e dos nossos vizinhos árabes. Se não vencermos agora, a Europa será afetada e depois você também. Portanto, precisamos vencer.” – disse Netanyahu.
O político chamou o Hamas de “não civilizados”. “Precisamos vencer esta situação e garantir que as forças da civilização derrotem aqueles que não são civilizados. Se não o fizermos, essa falta de civilização se espalhará e colocará o mundo em perigo”, enfatizou.
Netanyahu já prometeu não “governar” a Faixa de Gaza
Líderes do mundo todo estão preocupados que Israel utilize o dia 7 de Outubro como desculpa para remover a população da Faixa de Gaza e ocupar o território, assim como poderia acontecer na Cisjordânia. No entanto, Netanyahu afirmou, em outra entrevista à Fox News na semana passada, que eles não têm intenção de deslocar ninguém.
Netanyahu rejeita a ideia e afirma que o objetivo é que o governo do Hamas deixe Gaza. Ele ressalta que é necessário desmilitarizar, desradicalizar e reconstruir a região. Segundo ele, esses são objetivos alcançáveis.
“Não pretendemos conquistar Gaza. Não pretendemos ocupar Gaza. E não pretendemos governar Gaza”, acrescentou Netanyahu. Detalhe: ele também não indicou a Autoridade Palestina, que governa a Cisjordânia, como substituto do Hamas – o que estaria nos planos dos Estados Unidos. O israelense deixou claro que o ideal é “encontrar um governo civil que esteja lá”.