A Quinta Temporada de Stranger Things: Uma Nova Era para a Netflix
A quinta temporada de Stranger Things, que chega nesta quarta-feira, 26, representa um ponto de inflexão para a Netflix. Mais do que o fim de uma série amada, marca uma mudança fundamental no modelo de negócios da plataforma. A estratégia se distancia do foco tradicional em grandes volumes de lançamentos, priorizando agora a criação de ativos de propriedade intelectual (IP) de longo prazo – uma abordagem já utilizada com sucesso pela Disney.
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Do Volume ao Valor da Propriedade Intelectual
Desde o início de 2020, a série Stranger Things gerou uma receita direta superior a US$ 1 bilhão e movimentou mais de US$ 200 milhões com produtos licenciados. Com o encerramento da temporada, o valor total da franquia pode facilmente ultrapassar os US$ 2 bilhões.
A lógica do conteúdo episódico deixa de ser a principal, dando lugar a uma estratégia de franquia.
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Construindo um Portfólio de IPs
A Netflix está transformando a maneira como lida com seus conteúdos. Ao moldar Stranger Things como uma marca, elementos como personagens, estética e símbolos se tornam ativos que podem ser reutilizados em diversos formatos – filmes, séries derivadas, eventos, teatro e produtos.
Em vez de depender de um catálogo de séries descartáveis, a plataforma está construindo um portfólio de IPs com potencial de gerar receita por um longo período.
A Propriedade Intelectual como Vantagem Competitiva
A aposta em propriedades intelectuais (IP) transforma o conteúdo em um negócio sustentável. Com mais de 150 produtos licenciados, Stranger Things se tornou a franquia mais rentável da história do streaming. O investimento de US$ 480 milhões na última temporada é compensado pela longevidade da marca e pelo seu potencial de geração de receita.
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A Netflix na Era das Franquias
A Netflix já está planejando o futuro de Stranger Things com spin-offs, animações e experiências temáticas. A propriedade intelectual se torna a plataforma, e o streaming entra na era das franquias – com menos volume de lançamentos e um retorno mais consistente por meio de marcas consolidadas.
O objetivo é claro: transformar histórias em ativos estratégicos, seguindo o exemplo da Disney.
