No Brasil, estudo identifica 62 novos vírus que eliminam bactérias

Pesquisadores da Unifesp, USP e Cetesb identificaram vírus que podem auxiliar no combate a bactérias resistentes a antibióticos.

11/05/2025 6h59

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(Imagem de reprodução da internet).

Uma pesquisa realizada por três centros financiados pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) identificou 62 novos tipos de bacteriófagos – vírus que infectam e eliminam bactérias.

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O projeto incluiu a colaboração entre o Cepid B3 (Centro de Pesquisa em Biologia de Bactérias e Bacteriófagos), o Projeto Aries (Instituto Paulista de Resistência aos Antimicrobianos) e o Centro de Pesquisa em Alimentos, com a participação da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e do Zoológico de São Paulo.

A iniciativa contou com a liderança de Julio Cezar Franco, professor da Unifesp e pesquisador no Cepid B3. Ele se deslocou para o Instituto de Química da USP, onde o Cepid B3 está localizado, e colaborou com a professora Aline Maria da Silva (1959–2024).

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As primeiras amostras foram obtidas do Aries e da CETESB, que coletaram material em estações de tratamento de esgoto da Grande São Paulo. Foram utilizados também microrganismos provenientes de hospitais, aeroportos e áreas de compostagem fornecidas pelo Zoológico de São Paulo. O FoRC contribuiu com bactérias associadas à contaminação de alimentos, como as que causam salmonelose.

Franco isolou e testou os fagos em placas contendo bactérias cultivadas em laboratório. A ocorrência de áreas transparentes, denominadas placas de lise, indicava a capacidade do vírus de matar as bactérias. Esse processo foi repetido inúmeras vezes até a identificação dos 62 novos fagos.

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O pesquisador afirma que os vírus identificados podem ser utilizados para criar estratégias contra bactérias resistentes a antibióticos, um problema frequente em hospitais, e também para evitar contaminações em alimentos.

Franco defende a criação de bancos de fagos para aplicação em terapias e no controle biológico de bactérias. O próximo passo, segundo ele, será o sequenciamento dos genomas dos microrganismos para entender como ocorre a infecção e como torná-la mais eficiente.

Também visa expandir a cooperação entre os centros de pesquisa e estimular o intercâmbio de experiências entre os estudantes das instituições participantes.

Com informações da Agência Fapesp.

Fonte: Poder 360

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