No Rio de Janeiro, dois dos quatro detidos por identificação facial foram soltos - ZéNewsAi

No Rio de Janeiro, dois dos quatro detidos por identificação facial foram soltos

05/01/2024 às 15h05

Por: José News

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Dois dos quatro presos capturados pelo novo sistema de câmeras de reconhecimento facial no Rio de Janeiro foram liberados devido a problemas nos procedimentos de detenção.

Na audiência de custódia do argentino Silvio Gabriel Juarez, de 54 anos, ocorrida hoje (4), a Justiça do Rio considerou a prisão ilegal, pois já existia um documento de soltura emitido após a ordem de prisão por roubo de um supermercado em 2016.

Na terça-feira (2), o argentino foi preso pelo Segurança Presente de Copacabana após os agentes receberem um alerta do novo sistema de reconhecimento facial.

No Brasil desde 2014, o homem tem cinco anotações criminais por furto, roubo e tráfico de drogas e foi preso pelo menos três vezes, sendo liberado dias depois em todas elas.

Segundo a Superintendência do Segurança Presente, durante a prisão, os policiais verificaram informações em um banco de dados nacional usado pelo Conselho Nacional de Justiça. Nesse sistema, constava um mandado de prisão expedido pela Justiça do Rio de Janeiro.

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O argentino foi levado para a delegacia de Copacabana. Lá, realizaram uma nova busca no sistema da Polícia Civil e encontraram o pedido de prisão.

Uma mulher que foi presa por meio do uso da tecnologia de reconhecimento facial também foi solta.

Uma outra pessoa que foi liberada foi Josiete Pereira do Carmo, identificada como uma mulher. Ela foi presa por policiais militares do 19° Batalhão nesta quarta-feira (3) por um mandado de prisão por roubo que foi emitido em 2012.

Segundo a Polícia Civil, na delegacia de Copacabana, os agentes desconfiaram que os dados em sistema poderiam estar desatualizados e confirmaram com a Vara de Execuções Penais (VEP), que informou que a prisão tinha sido revogada.

Através do novo sistema, as Forças de Segurança do Rio capturaram mais duas pessoas. Um homem, que estava foragido desde março de 2023, foi preso no domingo à noite, em Copacabana. O segundo indivíduo foi localizado pelos policiais do Segurança Presente na última terça-feira, também em Copacabana.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro informou à CNN que existe um banco de dados, validado por resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que disponibiliza informações sobre mandados de prisão pendentes. Este banco é aberto para consulta pública.

A Secretaria de Segurança Pública afirmou que as falhas do sistema podem acontecer devido à atualização do banco de dados. Eles estão trabalhando para integrar esses bancos de dados da polícia, justiça e governo federal, a fim de automatizar ao máximo esse processo. É o que diz um comunicado da Secretaria de Segurança.

O sistema de reconhecimento facial é utilizado para identificar pessoas com base nas características do rosto. Ele analisa as diferentes partes do rosto, como o formato dos olhos, nariz e boca, para realizar a identificação. O fato de cada pessoa ter características únicas faz com que apenas pessoas autorizadas possam acessar certos locais protegidos por esse sistema. Além disso, ele pode ser usado para desbloquear dispositivos móveis e realizar transações financeiras com segurança. No entanto, é importante considerar questões de privacidade ao usar o reconhecimento facial, sendo necessário estar de acordo com regras e políticas de uso adequado. Este sistema tem sido cada vez mais difundido em várias áreas, relacionadas principalmente à segurança e identificação pessoal.

O Sistema de Videomonitoramento da Polícia Militar do Rio, em funcionamento desde o último domingo (31), é usado para detectar pessoas que estão com pendências judiciais. Desde o Réveillon, o sistema já atua na Praia de Copacabana, Arpoador e Barra da Tijuca.

O Governo do Estado investiu R$ 18 milhões em equipamentos e softwares. A ferramenta ficará mais acessível a partir deste mês e estará disponível também no entorno do Sambódromo durante o Carnaval.

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