Nomeação prévia do Fed por Trump gera preocupações entre economistas
A criação de um presidente paralelo representa uma ameaça à independência do banco central dos EUA, afirmam especialistas.

O ex-presidente Donald Trump afirmou, na semana passada, que anunciaria “em breve” sua escolha para substituir o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. A questão é que Powell ainda possui 11 meses restantes até o término de seu mandato.
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Trump permanece frustrado com o Federal Reserve, pois a instituição ainda não diminuiu as taxas de juros. Ele tem criticado Powell há meses. No entanto, anunciar um nome para a presidência do Fed com antecedência — se essa medida realmente for implementada — representaria um evento sem precedentes nos 111 anos de história do banco central norte-americano.
Essa pessoa exerceria, na prática, a função de presidente “sombra” do Fed dos Estados Unidos — uma proposta que Scott Bessent apresentou pela primeira vez no ano anterior, antes de se tornar secretário do Tesouro de Trump. Uma medida tão extraordinária poderia enfraquecer o atual presidente do Fed e o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), cujos membros ainda estarão lá quando o novo presidente assumir. Isso agravará o FOMC, cujos membros ainda estarão lá quando o novo presidente assumir.
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Há pelo menos três candidatos ao cargo de Fed, segundo reportagem anterior da CNN: Bessent; Kevin Warsh, ex-governador do Fed; e Christopher Waller, atual governador.
Blinder, ex-vice-presidente do Fed, afirmou que o risco reside em um presidente-sombra da instituição se manifestar antes de tomar posse, o que pode gerar conflitos com seus sucessores.
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Austan Goolsbee, presidente do Fed de Chicago, declarou à CNBC na quinta-feira que a nomeação de um novo presidente do Fed com tanta antecedência não teria “nenhum efeito” sobre os formuladores de políticas da instituição.
Um ex-funcionário do Fed que participou do comitê de definição de taxas ao lado de Powell também enfatizou que nomear um presidente paralelo para o Fed não influenciaria os formuladores de políticas.
O ex-vice-presidente do Fed, Blinder, afirmou que o risco reside em um presidente-sombra da instituição se manifestar antes de tomar posse, o que pode gerar conflitos com seus sucessores.
Fonte por: CNN Brasil