O objetivo do inédito Congresso Técnico-Científico de Agricultura Orgânica, que será realizado entre os dias 17 e 19 de março de 2026, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo, é a organização de um campo científico sólido e comprometido com a saúde das pessoas e com a fertilidade dos solos.
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O evento, o primeiro de sua espécie no país, é promovido pelo Instituto Brasil Orgânico, em colaboração com pesquisadores e organizações que atuam no setor.
O congresso representa mais do que um evento acadêmico, sendo uma iniciativa para organizar e divulgar amplamente os conhecimentos já elaborados sobre agricultura orgânica em diversas instituições públicas e regiões do país. Os trabalhos selecionados serão compilados em uma publicação técnica, que será distribuída a produtores em todo o Brasil.
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A geógrafa Virgínia Mendonça Knabben, diretora de comunicação do Instituto Brasil Orgânico, declarou que a palavra “revolucionário” é adequada para descrever o congresso. “A ideia é reunir trabalhos científicos, técnicos e científicos sobre agricultura orgânica, para que possamos ter essa força da ciência em nossa prática.”
Para Virgínia, o esforço por consolidar e divulgar o conhecimento técnico e científico já acumulado é uma forma de enfrentar o predomínio da visão de mundo patrocinada pelo agronegócio. “É superimportante a gente ter essa divulgação. Tem muita gente fazendo trabalhos maravilhosos que não aparecem. Essa é a oportunidade de aparecer, de prospectar, de divulgar”.
Intercâmbio de conhecimentos e formação científica
O Congresso receberá estudos técnicos e científicos sobre produção vegetal e animal, manejo de recursos naturais, socioeconomia, inovações e a relação entre saúde e alimentação. A chamada pública inclui, além de pesquisas acadêmicas, relatos de experiências técnicas de agricultores e técnicos em sistemas orgânicos. Os trabalhos podem ser submetidos até 30 de setembro de 2025, por meio da plataforma do Instituto Brasil Orgânico.
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O evento ocorrerá de maneira totalmente presencial e visa reunir produtores rurais, pesquisadores, técnicos e professores de diversas regiões do país. A participação no evento é aberta ao público e é necessário que pelo menos um dos autores esteja inscrito para apresentar os trabalhos selecionados. A expectativa é que os materiais coletados formem uma base de dados nacional, com foco na capacitação e no fortalecimento do setor.
Ademais da programação científica, o Congresso também marcará a inauguração oficial da Biblioteca Fausto Castilho, que passa a abrigar o acervo pessoal da engenheira agrônoma Ana Maria Primavesi, referência na agroecologia brasileira. Virgínia Knabben informou que o espaço, localizado dentro da Unicamp, terá uma visita guiada aos participantes e será apresentado ao público em uma atividade especial durante o evento.
Fonte por: Brasil de Fato