Novo crédito se torna mais acessível e com menor risco

Com o apoio do Open Finance, a nova regulamentação diminui os riscos para as instituições e proporciona tarifas mais vantajosas aos trabalhadores da iniciativa privada.

12/05/2025 14h05

3 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

Reforma do consignado privado pode liberar acesso ao crédito

No Brasil, o crédito historicamente representou tanto um instrumento de progresso quanto uma fonte de dificuldades para grande parte da população.

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Com taxas elevadas, acesso limitado e pouca personalização, o mercado de crédito brasileiro inicia uma transformação com a nova regulamentação do crédito consignado privado, divulgada recentemente pelo governo.

A alteração possibilita que empregados do setor privado solicitem empréstimos com taxas de juros reduzidas, empregando o saldo do FGTS como garantia suplementar.

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Essa estrutura diminui os riscos para o credor e, simultaneamente, proporciona taxas mais vantajosas para o tomador do empréstimo.

Conforme Rogerio Melfi, CPO do PilotIn e especialista em crédito, pagamentos e Open Finance, “trata-se de uma estrutura mais previsível, onde todos ganham”.

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Menor risco, taxas mais baixas.

Para o beneficiário, o principal benefício é a taxa de juros mais baixa.

Para as instituições, a probabilidade de inadimplência reduz-se com a utilização do FGTS como garantia adicional.

O modelo é consolidado no setor público, porém ainda pouco utilizado no setor privado.

Segundo informações da plataforma Meutudo, apenas 12% dos trabalhadores da iniciativa privada empregam o consignado.

Existe espaço para expansão, desde que a experiência de contratação seja mais fluida e conectada à realidade de cada cliente.

Open Finance pode aumentar o alcance e a eficiência.

O Open Finance surge como elemento fundamental para transformar o acesso ao crédito consignado.

Instituições financeiras, com a autorização do cliente, podem acessar informações mais detalhadas sobre seu histórico financeiro.

Isso possibilita uma análise que vai além do score de crédito ou da renda declarada.

É possível compreender hábitos de consumo, obrigações passadas e real poder de pagamento.

Melfi afirma que “essa visão contínua e contextualizada muda tudo. Não se trata apenas de oferecer crédito com base em garantias, mas de construir soluções personalizadas e responsáveis”.

Nova cultura de crédito com base em dados reais.

A proposta do Open Finance inova em relação à lógica convencional do crédito no Brasil, que se fundamenta na falta de dados e nas elevadas margens de lucro.

Com mais dados, as decisões de crédito tornam-se mais empáticas, eficientes e realistas.

Adicionalmente, a tecnologia possibilita simular os efeitos futuros de uma nova operação no orçamento do tomador, fomentando a sustentabilidade financeira.

Para tal, é necessário assegurar transparência, segurança e linguagem acessível.

O desafio reside não apenas no tecnológico, mas também no cultural: é necessário construir confiança e autonomia para que o trabalhador compreenda os benefícios e exerça controle sobre suas finanças.

Serviço e não armadilha.

A reforma do consignado privado representa um avanço em direção a um crédito mais equânime.

O progresso não depende apenas de regulamentação.

Também depende da vontade de empresas e instituições em inovar com propósito, criando produtos que atendam ao perfil e à trajetória de cada cliente.

O Brasil já demonstrou sua capacidade de liderar inovações com consequências significativas. O Pix representa a maior evidência disso. Agora, temos a oportunidade de repensar o crédito utilizando inteligência e inclusão, afirma Melfi.

Transformar o crédito é possível e necessário.

Com o apoio do Open Finance, o crédito consignado privado pode ampliar seu alcance e se transformar em uma ferramenta de acesso ao crédito para um grande número de brasileiros.

A chance de converter o crédito em um serviço inteligente, equânimo e sustentável está disponível.

É necessário desejar esse futuro – por meio de dados, tecnologia e dedicação àqueles que necessitam.

Fonte: Carta Capital

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