Novo governo visita Moscou, Síria declara que deseja ter a Rússia “ao seu lado”

O ministro das Relações Exteriores da Síria, Asaad al-Shaibani, visita a Rússia pela primeira vez e declara o desejo de manter relações positivas com o …

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(Imagem de reprodução da internet).

O Ministro das Relações Exteriores da Síria, Asaad al-Shaibani, declarou, em visita a Moscou nesta quinta-feira (31), que seu país deseja a Rússia “ao seu lado”. Trata-se da primeira viagem oficial do novo governo sírio à Rússia após a queda, em dezembro de 2024, do regime de Bashar Al-Assad, que era aliado do Kremlin.

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O ministro sírio sinalizou aproximação à Rússia em encontro com o chanceler Serguei Lavrov, admitindo que diversos fatores “determinam e complicam essas relações no terreno”.

O momento atual apresenta desafios e riscos, porém também representa uma chance de consolidar uma Síria unida e robusta. E, naturalmente, buscamos a parceria da Rússia nesse processo, afirmou al-Shaibani.

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Após o encontro bilateral, Lavrov reiterou que Moscou nunca apoiou as sanções contra a Síria e considera adequada sua suspensão gradual.

Nunca apoiamos tais decisões do Ocidente, não permitimos que nenhuma sanção fosse aprovada no Conselho de Segurança da ONU. Agora, nossos colegas americanos e europeus estão lentamente começando a suspender algumas sanções, passo a passo. Este é um passo na direção certa, disse Lavrov.

O chanceler russo afirmou que a solução mais adequada seria suspender totalmente as restrições à Síria. Ele ressaltou que as restrições afetam principalmente a população do país, e não as forças políticas que o Ocidente busca atingir.

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Lavrov declarou que a Rússia acompanha as transformações em curso na Síria e espera que a população do país restaure a normalidade na República Árabe. O ministro sírio, por outro lado, assegurou a intenção de Damasco de desenvolver e consolidar os laços com Moscou.

O governo de Bashar Al-Assad foi deposto em uma operação rápida de rebeldes da oposição síria, com a liderança do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), encerrando cinco décadas de domínio da família al-Assad naquele país árabe.

A relação de Damasco com a Rússia, que sempre foi um importante aliado do presidente deposto, tornou-se uma incógnita após a queda de Assad. Além de possuir bases militares no país, a aliança com a Síria tem grande importância geopolítica, servindo como contenção da influência dos EUA na região.

Fonte por: Brasil de Fato

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