Novo ministro da Previdência é alvo de críticas da oposição
Wolney Queiroz assume o cargo em cenário de crise envolvendo fraudes e deduções irregulares de valores a aposentados e pensionistas do INSS.

O novo ministro da Previdência, Wolney Queiroz, que assumiu o cargo há poucos dias, já enfrenta desafios com a oposição no Congresso Nacional.
Foi nomeado para o cargo após a renúncia do ministro Carlos Lupi, que se desligou do governo após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A nomeação ocorreu em meio às investigações sobre fraudes em descontos associativos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Oposição avança com ofensiva no Congresso. Deputados e senadores da oposição alegam ter reunido as assinaturas necessárias para apresentar um pedido de criação de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar as fraudes no INSS.
Na Câmara, o deputado federal Coronel Cristostomo (PL-RO) obteve as 171 assinaturas necessárias para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue a atuação de sindicatos envolvidos no esquema.
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Além das CPIs, a oposição acionou a Justiça contra o novo ministro Wolney Queiroz. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) ingressou com uma ação popular na Justiça Federal em Brasília, para impedir a posse do ex-deputado.
Damares alega que Wolney “presidiu parte da 303ª reunião do CNPS, em abril de 2024, na qual foi lido relatório sobre a fraude”. Apesar das evidências robustas de irregularidades, ele não tomou medidas para proteger as vítimas.
O líder do PL na Câmara, Sostenes Cavalcante, solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento de Wolney do cargo, além de pedir que o ex-secretário-executivo seja investigado por omissão, violação aos princípios da administração pública e inidoneidade moral superveniente.
O parlamentar considera que o novo ministro adotou uma conduta omissiva intencional, evidenciada pela falta de ação diante do esquema bilionário de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Desvio de recursos no valor de 6 bilhões de reais.
Até o presente momento, seis servidores públicos foram afastados de suas funções, em razão da operação realizada na quarta-feira passada (23), que investigou um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões.
A operação iniciou-se com a identificação do aumento desses descontos, juntamente com o crescimento das reclamações dos aposentados em relação a esses valores.
O ministro da Controladoria-Geral da União afirmou que as entidades analisadas “não possuíam estrutura operacional para os serviços que ofereciam”.
Investigação da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União aponta que trabalhadores rurais, indígenas e outros grupos vulneráveis foram os mais impactados.
Fonte: CNN Brasil