Novo presidente do INSS: Como alguém está com dificuldades financeiras?
No CNN, Gilberto Waller comentou sobre o esquema de fraude bilionária na autarquia e a possível participação de funcionários públicos no caso.

O novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller, comentou em entrevista à CNN, na segunda-feira (5), o afastamento de servidores da autarquia supostamente envolvidos em uma fraude bilionária revelada pela Polícia Federal (PF) nas últimas semanas.
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“Isso certamente é uma situação bastante chocante e triste de se observar. Como alguém anda com um Porsche que veio do fruto do trabalho de outra pessoa? E como alguém pode sentir prazer nessa situação?”, declarou Waller à CNN 360º.
Investigados pela Polícia Federal por suposta participação em um esquema bilionário de fraude na autarquia possuíam empresas, veículos de luxo e joias.
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Além de imóveis, a PF investigou a quantidade e os valores de veículos sob a propriedade ou posse de terceiros relacionados a “Careca do INSS”, incluindo modelos Audi, BMW e Porsche.
Até então, os relatórios de auditoria indicavam que a fraude era externa ao INSS, sem nenhuma participação. Quando foi descoberto o esquema, importante operação realizada pela CGU e pela Polícia Federal, um escândalo desde 2019 com falhas e reclamação do cidadão sobre esse tipo de procedimento, verificou-se que havia uma participação interna, uma participação direta de alguém, um desvio de poder.
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“Nesse contexto, uma das questões primordiais é a adoção de regras mais rígidas de compliance dentro da autarquia, em relação ao controle e à designação de cargos, e, principalmente, à segregação de informações entre os setores da empresa”, declarou Waller.
Ninguém pode obter uma lista de segurados. Nenhuma pessoa pode ter acesso a informações que são confidenciais. De acordo com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), é necessário questionar: qual o propósito dessa informação? Por que se tem acesso a esse tipo de dado?
Servidores suspeitos
Cinco executivos do INSS estão sendo investigados pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União por suposta fraude envolvendo mais de R$ 6,3 bilhões.
A CNN obteve documentos que identificam os responsáveis cientes dos descontos irregulares nas aposentadorias e pensões.
Compreenda.
Na última quarta-feira (23), uma operação conjunta entre a CGU e a PF desarticulou um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões.
As entidades totalizaram uma cobrança estimada em R$ 6,3 bilhões, referente a aposentados e pensionistas, no período de 2019 a 2024.
O ministro da Controladoria-Geral da União, Vinicius Marques de Carvalho, constatou que as entidades analisadas “não possuíam estrutura operacional para a prestação dos serviços que ofereciam”.
Todo abatimento requer autorização prévia do beneficiário. Adicionalmente, a instituição deve formalizar um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), possibilitando a realização dos descontos de mensalidades diretamente da folha de pagamentos.
Fonte: CNN Brasil