Núcleo de Lupi na Previdência critica atitude de Lula por demissão

Exoneração de colaboradores ligados à Lupi ocorreu com a troca ministerial; governo afastou o ex-ministro antes de sua saída.

13/05/2025 15h37

2 min de leitura

Imagem PreCarregada
Minister of Social Security Carlos Lupi. Sergio Lima/AFP

A equipe próxima ao ex-ministro da Previdência Carlos Lupi considerou que o pedido de demissão do político foi um ato de “covardia” do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As pressões que motivaram a saída de Lupi estão relacionadas à crise do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Uma investigação da Polícia Federal, em abril, revelou que associações e sindicatos obtiveram cerca de R$ 6,5 bilhões através de um esquema de retenção indevida de benefícios previdenciários entre 2019 e 2024.

O Poder360 constatou que a maioria dos funcionários próximos a Lupi foi demitida após a saída do antigo titular do cargo.

Leia também:

A percepção é que a substituição do ministro Wolney Queiroz não será suficiente para solucionar o problema dos descontos indevidos. Destaca-se, por exemplo, que ele aprovou uma emenda que facilitou as regras que possibilitaram as fraudes.

Outro documento citado pelos ex-funcionários é a auditoria realizada pelo INSS em setembro de 2024, acerca das possíveis irregularidades nos descontos de benefícios.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Havia uma avaliação de que o texto poderia assegurar a permanência de Lupi no cargo, mas essa expectativa não se confirmou.

Antes de solicitar a demissão, Lupi coordenou a indicação de Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, que também foi desligado após a investigação da Polícia Federal.

“A indicação do doutor Stefanutto é de minha inteira responsabilidade”, afirmou o então ministro em conversa com jornalistas sobre a operação. A fala não pegou bem.

A renúncia de Lupi gerou prejuízos políticos para o governo Lula. Ele é uma figura importante do PDT (Partido Democrático Trabalhista), que compõe a base de apoio governista no Congresso.

A comissão do partido na Câmara, formada por 17 deputados, anunciou sua ruptura com o governo.

As denúncias e avaliações dos servidores da Previdência indicam que a confusão permanece um problema interno para a equipe do petista.

Descobertas apontam para fraude bilionária envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social.

A Polícia Federal constatou, em abril, que associações e sindicatos obtiveram cerca de R$ 6,5 bilhões por meio de um esquema de retenção indevida entre 2019 e 2024.

Os sindicatos e associações firmavam Acordos de Cooperação Técnica (ACT) com o INSS para proporcionar vantagens aos aposentados membros dessas entidades.

Os serviços incluíam:

O acordo possibilitava que as entidades concedessem um abatimento de “mensalidades associativas” nos salários dos titulares.

Essas entidades inscreveram aposentados sem autorização, empregando documentos e assinaturas fraudulentas. As investigações apontam que não possuíam capacidade para administrar os serviços prestados.

Assim, fraudavam assinaturas para vincular o pensionista a organizações e efetuar os descontes automáticos nos salários dos titulares.

A controladoria também identificou que 70% das 29 entidades não apresentaram a documentação completa ao INSS.

Na operação, seis pessoas foram afastadas de suas funções.

A Polícia Federal apreendeu veículos de luxo, dinheiro em espécie, joias e quadros. Os valores totais e a quantidade exata ainda estão sendo levantados.

Segue algumas informações do governo:

Fonte: Poder 360

Ative nossas Notificações

Ative nossas Notificações

Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.