Número de americanos que solicitou cidadania britânica atinge patamar histórico após governo Trump

Em 2023, aproximadamente 1.931 americanos apresentaram candidaturas para a naturalização, representando o maior volume desde o início dos registros em 2004, com um incremento de 12% em comparação ao período anterior, conforme dados fornecidos pelo Ministério do Interior do Reino Unido na quinta-feira (22).

23/05/2025 14h53

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(Imagem de reprodução da internet).

Entre janeiro e março, um volume excepcional de cidadãos americanos pediu a nacionalidade britânica, conforme informações preliminares do segundo período presidencial de Donald Trump.

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Em torno de 1.931 americanos apresentaram candidaturas para a cidadania, o maior volume desde o início dos registros em 2004 e um crescimento de 12% em comparação com o trimestre anterior, conforme dados divulgados pelo Ministério do Interior do Reino Unido na quinta-feira (22). Os pedidos já haviam aumentado significativamente durante o período de outubro a dezembro, que coincidiu com a reeleição de Trump.

As solicitações bem-sucedidas de cidadãos americanos para se estabelecerem permanentemente no Reino Unido, em vez de apenas se mudarem para lá inicialmente, também atingiram um recorde no ano passado, o último período para o qual há dados oficiais disponíveis.

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O status de residente permanente (settled status) concede o direito de residir, trabalhar e estudar no Reino Unido sem restrições de tempo, e permite a solicitação da cidadania. Em 2024, mais de 5.500 americanos obtiveram esse status, representando um quinto do aumento em relação a 2023.

O último aumento nos pedidos de cidadania britânica por parte de cidadãos americanos ocorreu em 2020, no período do primeiro mandato presidencial de Trump e durante o auge da pandemia de Covid-19.

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Outros dados indicaram que, durante o primeiro semestre de 2020, mais de 5.800 cidadãos americanos renunciaram à sua nacionalidade, um volume quase três vezes superior ao registrado em 2019. As informações foram coletadas pela Bambridge Accountants, uma empresa com escritórios em Nova York e Londres, especializada em tributação internacional.

“Trata-se, em grande parte, de pessoas que já deixaram os EUA e simplesmente decidiram que chega à sua conclusão”, afirmou Alistair Bambridge, sócio da Bambridge Accountants, à CNN em agosto de 2020.

Muitas pessoas que renunciaram à cidadania reclamaram de estarem insatisfeitas com o clima político nos Estados Unidos na época e com a forma como a pandemia estava sendo tratada, mas outro motivo comum para sua decisão eram os impostos.

Apesar de muitos americanos buscarem estabelecer uma vida no Reino Unido e em outros países europeus, essa situação tem se tornado mais complexa.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, declarou na semana passada que o governo aumentaria os critérios para imigrantes legais e alongaria o período de espera para que os recém-chegados obtivessem a nacionalidade.

Inicialmente nesta semana, a Itália promulgou uma lei que elimina a possibilidade de aquisição da cidadania através dos bisavós. O país já havia endurecido as regras de visto para cidadãos de fora da União Europeia.

Fonte: CNN Brasil

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