Nvidia Responde a Acusações de Fraude Contábil e Explica Relações com Startups
Após um artigo publicado na plataforma Substack gerar especulações sobre possível envolvimento da Nvidia em uma das maiores fraudes contábil da história da tecnologia, a empresa divulgou um comunicado direcionado a analistas financeiros. A Nvidia esclareceu que não está envolvida em irregularidades e que não utiliza entidades específicas para mascarar dívidas ou inflar seus resultados financeiros.
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A resposta da Nvidia também abordou as críticas levantadas por Michael Burry, que questionava a contabilização de compensações baseadas em ações. Segundo a empresa, Burry interpretou erroneamente os impostos sobre ações restritas durante sua análise.
A situação gerou preocupações sobre a relação da Nvidia com startups como a CoreWeave, uma das principais empresas de infraestrutura para inteligência artificial que adquire grandes volumes de chips da fabricante.
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A complexidade reside no fato de que a Nvidia atua como investidora e principal fornecedora dessas startups. Essa dinâmica suscita dúvidas sobre potenciais conflitos de interesses e o impacto artificial que isso pode ter nas demonstrações financeiras da empresa.
Modelos semelhantes também são observados na OpenAI, criadora do ChatGPT, e em outros acordos da desenvolvedora com empresas como AMD e Oracle.
Analistas apontam que essas startups atuam como “veículos” que expandem as vendas da Nvidia. No entanto, como são empresas independentes, quaisquer dívidas ou riscos são registrados apenas em seus balanços, sem afetar diretamente a contabilidade da fabricante de chips.
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Apesar da controvérsia, a estrutura contábil e os acordos da Nvidia são transparentes e passíveis de auditoria, ao contrário do caso Enron, que envolveu fraudes deliberadamente ocultas.
“É um comportamento que não é ideal, mas é legal”, afirmou Richard Luria, analista ouvido pela The Verge. Segundo Luria, o mercado tem acesso a essas informações, mas muitos investidores simplesmente as ignoram.”
