Em 30 de abril de 1975, terminou a Guerra do Vietnã. Durante o conflito, os Estados Unidos lançaram milhões de litros do Agente Laranja, um herbicida altamente tóxico, para destruir florestas e matar pessoas. O resultado foi um dos maiores crimes ambientais e humanitários da história. Até hoje, o país asiático sofre com seus efeitos. Trump oferece, com sua política populista de direita, o mesmo legado de destruição.
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Em janeiro de 1962, o presidente John Kennedy aprovou a operação Ranch Hand, que envolveu a aplicação de herbicidas com diversos compostos químicos, muitos dos quais foram desenvolvidos durante a Segunda Guerra Mundial. Aproximadamente 20% das selvas do país e 10 milhões de hectares de arrozais receberam pulverizações, com doses 20 vezes superiores às recomendadas. O nome se originou da cor laranja dos recipientes, que o distinguia do agente verde (para vegetação de folhas grandes) e do agente azul (utilizado em áreas de arrozais).
Casos de câncer e má formação congênita afetam o país há décadas, influenciando a alimentação, e geram uma cadeia de doenças. Peixes e camarões que se alimentam no leito dos rios ingerem sedimentos contaminados, peixes maiores consomem esses peixes e, posteriormente, são consumidos pelos vietnamitas, segundo pesquisadores.
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Donald Trump, em seu primeiro mandato, reduziu normas de proteção ambiental, permitiu o uso de agrotóxicos perigosos e promoveu combustíveis fósseis, elevando as vendas de armas. Se os EUA buscou dividir o Vietnã entre vítimas e algozes, Trump polarizou os EUA com discursos de ódio, notícias falsas e ataques a minorias, contaminando o debate público e a democracia americana. Seu governo atual intensifica esse tipo de política. O negacionismo climático de Trump persiste. Se, nos anos 1960, os sul-vietnamitas eram o alvo de xenofobias, agora os imigrantes latinos são os escolhidos.
Décadas após o uso de veneno químico, ressurge o veneno ideológico contra a própria nação estadunidense. O Vietnã venceu a guerra e se recuperou economicamente. Quanto tempo levará para os EUA se recuperarem de Trump?
Fonte: Metrópoles
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