O Banco Central deve manter a taxa básica de juros em 14,75%, preveem especialistas do setor financeiro
A maioria das instituições consultadas pelo Poder360 projeta um aumento de 0,25 ponto percentual na Selic.

Segundo levantamento do Poder360, a maioria dos agentes financeiros prevê que o Banco Central mantenha a taxa básica de juros, a Selic, em 14,75% ao ano na quarta-feira (18.jun.2025).
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Será a quarta vez que os diretores do Órgão se reunirem em 2025. O colegiado elevou 6 vezes os juros seguidas. Uma eventual manutenção interromperá esse ciclo.
Apesar da previsão de manutenção da taxa, a expectativa não é compartilhada por todos. Os bancos Rabobank, ABC Brasil e BNP Paribas projetam um aumento de 0,25 ponto percentual, elevando a Selic para 15% ao ano.
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A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Afeta diretamente as taxas cobradas de empréstimos, financiamentos e investimentos. No mercado financeiro, influencia o rendimento de aplicações.
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As taxas mais elevadas ocorrem por uma razão: o controle da inflação. O crédito mais caro reduz o consumo e a produção. Como consequência, os preços tendem a não aumentar de forma tão rápida.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, declarou em 7 de junho que a próxima decisão sobre o indicador seria tomada com “flexibilidade e cautela”. Ele afirmou ter conhecimento de que o patamar atual da taxa Selic é “incômodo e desconfortável”.
Membros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) argumentam a favor de tarifas reduzidas. A declaração se acalmou por parte da liderança do presidente da República após a indicação de Galpão para o cargo pelo petista.
As políticas da gestão Lula podem dificultar o objetivo de controle inflacionário do Banco Central. O órgão desestimula o crescimento econômico. Em contrapartida, o governo adota ações para injetar recursos na economia e estimular o crescimento, como o programa de empréstimos Crédito ao Trabalhador.
O Banco Central defendeu na ata da reunião de maio que a política fiscal proporcionou um estímulo considerável nos últimos anos e que a desaceleração da atividade econômica é um elemento necessário para a convergência da inflação à meta.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 12 meses até maio ficou em 5,32%. Continua acima do limite de 4,5% definido pelo governo.
Fonte por: Poder 360