Os membros do Banco Central Europeu diminuíram as taxas de juros no mês passado para evitar um aperto excessivo das condições monetárias e em razão da alta incerteza em relação ao comércio, conforme consta da ata de sua reunião de 3 a 5 de junho, publicada nesta quinta-feira (3).
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O BCE reduziu as taxas de juros pela oitava vez em um ano no mês passado, mas indicou uma interrupção em qualquer relaxamento adicional, pois a inflação já retornou à meta e a política comercial dos Estados Unidos gera muita incerteza.
O Banco Central Europeu afirmou que os membros destacaram que as perspectivas para a economia global permanecem muito incertas. A incerteza comercial elevada provavelmente persistirá por algum tempo e poderá se ampliar e se intensificar.
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A confirmação de uma pausa em julho aumentou significativamente após as semanas subsequentes à reunião de junho, visto que a maioria dos integrantes se manifestou a favor da interrupção, considerando que os dados e a clareza das negociações comerciais não estariam disponíveis até a próxima reunião.
Os mercados também estão na mesma página. Investidores preveem apenas mais uma redução na taxa de depósito de 2% do BCE até o final do ano, com o início de uma política monetária mais restritiva no final de 2026.
O Banco Central Europeu (BCE) afirmou que os indicadores de abril e maio já sugerem alguma desaceleração na economia global.
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Apesar de a maioria das autoridades sustentar que o BCE atingiu essencialmente sua meta, indivíduos como o finlandês Olli Rehn, o português Mario Centeno e o belga Pierre Wunsch levantaram preocupações sobre o risco da inflação permanecer excessivamente baixa, necessitando de um apoio adicional.
Realmente, estima-se que a queda nos preços seja inferior à meta do BCE, com valores abaixo de 2% por 18 meses, em virtude de um euro forte, custos de energia baixos e importações chinesas acessíveis, antes de retornar à meta.
Outros, contudo, avisam que a desglobalização, a transição verde e o envelhecimento da população intensificam ainda mais as pressões sobre os preços e o BCE poderá, em breve, reviver uma inflação acima da meta.
O Brasil apresenta a segunda maior taxa de juros reais do mundo, após o aumento da taxa Selic.
Fonte por: CNN Brasil