O Banco Central precisa se comunicar com o público não especializado
O chefe do Banco Central afirmou que não fará comentários antes da reunião do Comitê de Política Monetária.

O presidente do BC, Gabriel Galípolo, afirmou na terça-feira (10.jun.2025) que a autoridade monetária necessita se comunicar com o público não especializado em política monetária.
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O Banco Central tem utilizado uma linguagem direta e informal nas redes sociais. Por exemplo, a explicação sobre as novas funcionalidades do Pix. Galípolo afirmou que as inovações realizadas, como o Pix, demandam uma comunicação mais clara com o público. Adicionalmente, as fraudes e os golpes no sistema financeiro exigem um esclarecimento mais eficaz por parte do BC, segundo Galípolo.
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É também necessário comunicar-se cada vez mais com um público que não é meramente especializado em política monetária. É muito importante que o Banco Central crie canais de comunicação e consiga dialogar com as diversas camadas da sociedade.
O Galúpô participou da abertura da 35ª edição do Febraban Tech, o evento de tecnologia da Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Ele proferiu palestra após o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) anunciar que a inflação anualizada do Brasil reduziu-se de 5,53% em abril para 5,32% em maio. A taxa mensal foi de 0,26%, inferior às previsões dos especialistas.
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Apesar da divulgação do IBGE, Galípolo discursou apenas sobre a agenda evolutiva do Banco Central, sem fornecer indicações sobre o futuro da política monetária. “Não há qualquer tipo de mensagem a ser transmitida em relação ao Comitê de Política Monetária”, declarou Galípolo.
Para combater a inflação, o Banco Central elevou a taxa básica, a Selic, para 14,75% ao ano em 7 de maio. Trata-se do maior nível desde 2006. Os operadores financeiros questionam se o Copom (Comitê de Política Monetária) aumentará a taxa Selic ou se manterá no patamar atual na próxima reunião. O encontro ocorrerá em 17 e 18 de junho.
Inovação no BC
O Galípolo afirmou que, nos últimos anos, o Banco Central conduziu uma revolução ao fomentar a inclusão financeira e lançar novos produtos. O presidente do BC declarou que existe uma “demanda” das demais autoridades monetárias para incorporar os avanços tecnológicos de outros países.
O chefe do Banco Central defendeu o reforço das bases institucionais da autoridade monetária. A Proposta de Emenda à Constituição 65 de 2023 aumenta a autonomia da autoridade monetária em relação ao Poder Executivo.
Essa transformação no mercado financeiro, promovida pelo Banco Central e seus parceiros, exige uma atualização das instituições e das ferramentas que ela possui para supervisionar, regular e atuar como autoridade monetária, diante desses novos participantes.
Fonte por: Poder 360