O Banco do Brasil não considera viável a aquisição do Galípolo pela BRB

22/04/2025 às 17h17

Por: José News
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(Imagem da internet).

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou, na terça-feira (22/4), aos senadores que a autoridade monetária não considera viável a operação de fusões e aquisições de instituições financeiras. A senadora Leila Barros (PDT-DF) indagou Galípolo sobre a compra do Master pelo Banco Regional de Brasília (BRB).

O Banco Central não avalia, em processos de fusões e aquisições, a adequação da venda ou da compra. A decisão de adquirir ou alienar um ativo, total ou parcialmente, cabe unicamente aos agentes envolvidos.

O Banco Central avalia a viabilidade econômica das transações de compra e venda. Especificamente, analisa se a parte adquirida pode ser incorporada e qual o impacto no plano de negócios do comprador.

A aquisição do Banco Master pelo BRB foi divulgada em 28 de março. Estima-se que a transação alcance R$ 2 bilhões. O acordo compreende 49% das ações ordinárias, 100% das preferenciais e 58% do capital total do Master.

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A operação ainda depende da autorização das instituições competentes, incluindo o Banco Central e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O Galípolo ressaltou que o BC possui prerrogativas próprias. É muito importante que o Banco Central não deixe suas prerrogativas serem invadidas e que ele também não invada a prerrogativa de outros órgãos.

Ele explicou que o mercado opera justamente com base em percepções divergentes.

A cada transação de compra e venda de qualquer ativo, seja ele listado em bolsa, a operação só se justifica pela expectativa de que o preço do ativo apresente uma valorização futura. Aqueles que compraram acreditam que estão fazendo um bom negócio e preveem um aumento no valor, enquanto os vendedores esperam o oposto.

Concluiu:

A função do Banco Central é verificar se há viabilidade para o comprador. Isso é o nosso papel, não podemos ultrapassar esse limite, em respeito à institucionalidade do Banco Central. Trata-se de uma fusão e aquisição restrita a essas instituições, e a análise se limita a elas, envolvendo a compradora e a vendedora.

Desde o anúncio da operação, Galípolo se reuniu com os presidentes do BRB, Paulo Henrique Costa, e Daniel Vorcaro, do Banco Master.

Fonte: Metrópoles

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