O BNDES obteve lucro de R$ 5,6 bilhões no primeiro trimestre de 2025, representando um aumento de 7,3%
Realizaram-se desembolsos no valor de R$ 25,2 bilhões, representando um aumento de 8%.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) divulgou um lucro líquido de R$ 5,6 bilhões no primeiro trimestre de 2025. A variação em relação ao mesmo período de 2024 apresentou um aumento de 7,3%.
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O volume de crédito solicitado também cresceu no período. As concessões totalizaram R$ 33,3 bilhões, representando um aumento de 35% em comparação com o primeiro trimestre de 2024. Os recursos liberados somaram R$ 25,2 bilhões, com um crescimento de 8% em relação ao mesmo período de 2023.
O BNDES apontou um crescimento de 100% no financiamento de infraestrutura (R$ 13,2 bilhões). Destacou a aprovação de um projeto de R$ 7,3 bilhões para a EcoRioMinas Concessionária de Rodovias S.A. investir em três rodovias federais (trechos da BR-116, BR-465 e BR-493) entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais, abrangendo 36 municípios nos dois estados. Há também menção ao apoio de R$ 2,4 bilhões para a expansão da Linha 2-Verde do metrô de São Paulo.
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As operações bancárias registraram aumento nas autorizações de crédito direcionadas aos setores comércio e serviços, em 20% (R$ 5,3 bilhões), aos agropecuários, que subiram 9% (R$ 7,4 bilhões), e à indústria, com 7% (R$ 7,4 bilhões).
O apoio às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) totalizou R$ 34,7 bilhões, representando um aumento de 87,7% em relação ao mesmo período de 2024. As liberações de crédito foram de R$ 13,2 bilhões e as garantias fornecidas por fundos garantidores em operações conduzidas por instituições financeiras atingiram R$ 21,5 bilhões.
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O lucro líquido seguiu em ascensão, juntamente com as aprovações de crédito em todos os setores da economia, apesar de uma taxa de juros elevada e um cenário geopolítico complexo, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em comunicado.
Em relação ao lucro líquido, o primeiro trimestre registrou R$ 5,6 bilhões, 7,3% superior ao resultado no mesmo período de 2024. O lucro líquido recorrente de R$ 2,7 bilhões manteve-se estável, com variação de 0,9%.
O lucro total foi impactado sobretudo pelas receitas provenientes da reversão de provisões para risco de crédito no valor de R$ 1,5 bilhão, após liquidação de efeitos tributários, e pelo recebimento de dividendos e juros sobre o capital próprio no montante de R$ 0,8 bilhão, provenientes da Petrobras. O patrimônio líquido alcançou R$ 168,2 bilhões no período, representando um aumento de R$ 9,8 bilhões em comparação com o trimestre anterior.
Os ativos totais do Sistema BNDES atingiram R$ 861 bilhões, um aumento de R$ 20 bilhões (2,4%) em comparação com dezembro de 2024.
A taxa de inadimplência registrada foi de 0,001% (90 dias), o que o BNDES considera expressivamente inferior à média do Sistema Financeiro Nacional (3,22% geral e 0,33% para grandes empresas em março de 2025). Segundo o banco, isso é evidência da “solidez da carteira de crédito do BNDES”.
Fonte: Carta Capital