O Brasil almeja a união da América do Sul e o reforço das relações com a China
Colaboração com a China impulsiona iniciativas de infraestrutura logística, estabelecimento de uma nova rota para o Pacífico e estratégia para o realinhamento do arcabouço econômico mundial.

O governo Lula tem fortalecido uma aproximação estratégica com a China, sustentada por acordos comerciais, investimentos significativos e um projeto ambicioso de integração regional: as Rotas de Integração da América do Sul. A iniciativa, coordenada pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, visa otimizar o comércio com a Ásia, diminuindo distâncias e os custos de transporte através do acesso ao Oceano Pacífico.
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Ao retornar de Pequim, Lula trouxe na bagagem 27 bilhões de reais em investimentos e o sinalização de interesse chinês na construção de uma ferrovia transversal no Brasil – proposta que pode transformar o mapa econômico nacional e estreitar ainda mais os laços com o maior parceiro comercial do país. A ministra Tebet tem atuado como principal articuladora regional, já tendo visitado quase todos os países da América do Sul para debater o projeto, que inclui 190 obras de infraestrutura com previsão de conclusão até 2027.
O plano busca não só intensificar o comércio, como também fomentar a integração econômica, social e cultural. A estratégia é evidente: realinhar o Brasil no cenário geopolítico internacional, com foco no crescimento asiático, principalmente da China e da Índia, que concentram a maior parte da população mundial.
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Apesar de promissor, o projeto apresenta obstáculos. Consultores identificam questões de governança, problemas técnicos e o complexo equilíbrio geopolítico, caracterizado pela disputa por influência entre China e Estados Unidos na América Latina. Contudo, o governo acredita na parceria como fundamental para o desenvolvimento sustentável do País.
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Fonte: Carta Capital