O Brasil aumenta a produção de petróleo a nível global, segundo a OPEP
A entidade destaca que a expansão econômica de 2024 coloca o Brasil como um dos principais contribuintes para o aumento da oferta de combustíveis.

Um relatório da OPEP, divulgado na quarta-feira (14.mai.2025), apontou que o Brasil se destaca como um dos principais motores da produção de petróleo a nível global, ao lado de Estados Unidos, Argentina e Canadá. A íntegra do documento está disponível (PDF – 2 MB).
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A OPEP destaca o Brasil como um dos países que impulsionaram o aumento da oferta de petróleo, mesmo fora do cartel. O governo federal optou por aderir à carta de cooperação de países produtores de petróleo em fevereiro, o que não implica adesão à OPEP+. A participação brasileira se restringirá a acompanhar as decisões técnicas do cartel e a propor novas sugestões e soluções para a transição energética.
A organização projeta o crescimento econômico do Brasil em 2024, com 4% no terceiro trimestre e 3,6% no quarto trimestre. A previsão indica uma estabilização do crescimento em 2025: estima-se 2,5% no primeiro trimestre e 2,2% na segunda metade do ano.
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A OPEP destaca a relevância do setor de commodities, o que impulsiona o crescimento econômico do país e consolida o Brasil como um dos principais exportadores de petróleo a nível mundial, notadamente entre aqueles que não fazem parte do cartel.
O relatório ainda aponta o impacto limitado da nova política econômica implementada pelo presidente norte-americano Donald Trump (Partido Republicano). Ao Brasil, foi estabelecida uma tarifa de 10%, percentual avaliado como baixo, ainda que o republicano tenha, em seguida, congelado as taxas acima de 10%.
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A OPEP destaca que a importância das exportações para os Estados Unidos para o Produto Interno Bruto brasileiro é inferior a 2%. Adicionalmente, as isenções em combustíveis e minerais contribuem para diminuir o efeito causado pela tarifa de Trump.
O cartel aponta ainda alguns desafios econômicos no Brasil, incluindo taxas de juros reais elevadas, um ritmo lento de ajuste fiscal, a dívida pública superior a 70% do PIB, o que pode afetar a sustentabilidade fiscal, e as altas pressões inflacionárias. A inflação brasileira atingiu 5,53% em abril, mantendo-se fora da meta de 1,5% a 4,5%.
Em relação à produção mundial de petróleo, o relatório da OPEP manteve a previsão de abril, revisando a estimativa de crescimento da demanda global por petróleo para 2025 para 1,3 milhões de bpd.
Fonte: Poder 360