O Brasil necessita explorar novas jazidas de petróleo, afirma a IBP

Organização argumenta que o desenvolvimento garantirá a substituição do volume existente e a segurança energética em períodos de instabilidade.

23/06/2025 16h07

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Rio de Janeiro (RJ), 28/09/2023 - Navio-plataforma P-71, instalado no campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, a 200 km da costa do Rio de Janeiro. Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil

O IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás) defendeu em nota nesta 2ª feira (23.jun.2025) que o Brasil precisa avançar na prospecção de novas reservas de petróleo, como as planejadas nas bacias de Pelotas e na Margem Equatorial. Citou as tensões no Oriente Médio, com a escalada do conflito entre Israel e Irã.

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A estratégia permite garantir a recuperação das reservas nacionais, elevando a segurança energética no Brasil, além de preservar a posição de destaque do país como exportador líquido de petróleo.

O mercado internacional demonstra, atualmente, grande instabilidade devido à queda na produção de países produtores relevantes e às complexidades no escoamento de petróleo e gás da região do Oriente Médio. Esse cenário ressalta a importância do Brasil em manter um regime regulatório e tributário sólido, que incentive investimentos de longo prazo em campos já descobertos, além da necessidade de progredir na prospecção e exploração de novas reservas de petróleo.

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A diretoria do IBP ainda projeta uma diminuição das tensões geopolíticas no Oriente Médio em curto prazo, o que possibilitaria o restabelecimento do mercado a condições regulares. Adicionalmente, defendeu a importância de preservar um ambiente propício a investimentos de longo prazo nos campos já descobertos no Brasil.

O Parlamento do Irã aprovou, no domingo (22.jun), conforme reportado pela mídia local, o fechamento do Estreito de Ormuz, principal rota de exportação de produtos dos países do Golfo Pérsico, que inclui, além do Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Omã, Iraque e Kuwait.

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A rota é responsável pelo fornecimento de 20% a 30% da demanda mundial de petróleo. Resta ao Conselho de Segurança do Irã e ao líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, determinar se a medida será implementada.

A decisão do parlamento iraniano foi tomada após o ataque realizado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), às instalações nucleares do país.

Uma possível interrupção no trânsito poderá gerar um efeito em cascata com risco de influenciar a inflação mundial. A produção de petróleo diminuirá e, o valor do barril no mercado internacional aumentará.

A decisão do Irã pode aumentar, de forma indireta, os custos logísticos e do transporte marítimo devido ao aumento dos prêmios de seguro. Analistas preveem pressão sobre os preços de alimentos e transporte.

Outros países também devem apresentar efeitos negativos na inflação, incluindo o Brasil. Os países mais afetados serão a China, a Índia, o Japão e a Coreia do Sul.

Fonte por: Poder 360

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