O Atlas da Violência 2025 apontou que, de 2022 a 2023, o número de feminicídios no Brasil aumentou 2,5%, em desacordo com a tendência de queda dos homicídios em geral, iniciada em 2018. A média nacional indicou 10 mulheres mortas diariamente no país.
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A incidência de feminicídios é desigual entre os estados. A taxa média no Brasil foi de 3,5 por 100 mil mulheres, porém Roraima registrou 10,4 mortes por 100 mil, o índice mais elevado do país.
O estudo também aponta que a mortalidade afeta majoritariamente mulheres negras: em 2023, 68,2% dos óbitos foram de pessoas negras ou pardas.
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Os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do Ministério da Saúde, indicam um crescimento da violência não letal. Em 2023, foram contabilizados 177.086 atendimentos a mulheres vítimas de violência doméstica, representando um aumento de 22,7% em comparação com o ano anterior. Deste total, uma a cada quatro vítimas tinha entre 0 e 14 anos.
As formas de violência variam de acordo com a idade das vítimas. Em meninas de 0 a 9 anos, a negligência foi o tipo de violência mais comum (49,5%). Entre as de 10 a 14 anos, a violência sexual predominou, representando 45,7% dos casos. Para indivíduos de 15 anos ou mais, até 69 anos, a violência física foi a forma mais frequente de agressão. Já entre mulheres com 70 anos ou mais, a negligência voltou a ser o tipo de violência mais comum.
Em todas as idades, os agressores são homens. Em 66,9% dos casos, as vítimas relataram já ter vivenciado violência doméstica previamente.
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Fonte: CNN Brasil