O Brasil registra o maior número de transplantes realizados na América Latina, porém, 78.000 pacientes aguardam por sua vez

Em 2023, foram realizados 30.300 transplantes. Córnea, rim e medula óssea são os órgãos e tecidos mais frequentemente transplantados.

04/06/2025 17h33

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(Imagem de reprodução da internet).

O Brasil atingiu, em um único ano, a marca de 30.000 transplantes de órgãos e tecidos. O país mantém uma fila de espera com 78.000 pessoas. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (4 de junho de 2025) pelo Ministério da Saúde.

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Em 2024, contabilizaram-se 30.300 transplantes no país, superando o recorde de 28.700 em 2023. Destes, 85% foram realizados pelo SUS. Foram investidos R$ 1,47 bilhão na área, representando um aumento de 28% em relação a 2022.

A córnea foi o tecido mais transplantado, com 17.107 procedimentos, seguida por rim (6.320), medula óssea (3.743) e fígado (2.454). A lista de espera para transplante de rim é a maior: 42.838 pacientes.

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A resistência familiar constitui um dos principais obstáculos para a expansão do sistema, apresentando uma taxa de rejeição de 42% a 45%.

Para lidar com essa situação, o governo anunciou novas ações, incluindo a criação do Prodot (Programa de Qualidade em Doação para Transplante). O objetivo é formar e acompanhar as equipes responsáveis pelo contato com as famílias.

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Além disso, o SUS incluiu os transplantes de membrana amniótica — utilizados em tratamentos de queimaduras — e os de intestino delgado e multivisceral. Pacientes com falência intestinal irreversível receberão 100% do tratamento pelo SUS.

Uma outra estratégia é a expansão do teste de compatibilidade cruzada virtual, tecnologia que avalia a adequação entre doador e receptor à distância. Atualmente, o sistema é utilizado em São Paulo, Rio Grande do Sul, Piauí e Pernambuco.

O Ministério da Saúde anunciou também a reorganização das macrorregiões de transplantes, priorizando a distribuição de órgãos entre Estados da mesma região geográfica.

A iniciativa visa aumentar o acesso nas regiões Norte e Nordeste, além de otimizar a alocação dos órgãos doados. De acordo com as autoridades, caso não haja receptor no mesmo Estado da região, o órgão será disponibilizado para a lista nacional.

Fonte por: Poder 360

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