O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, declarou nesta quarta-feira (30.jul.2025) que o Brasil se reservará ao direito de responder às tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), sobre produtos brasileiros. A afirmação foi feita após encontro com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e a inclusão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes na Lei Magnitsky, utilizada para impor sanções a autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos.
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Mauro Vieira afirmou que o Brasil permanece aberto para o diálogo e para solucionar os problemas bilaterais. Ele declarou ser “inaceitável e descabida a ingerência na soberania nacional em relação às decisões do Poder Judiciário do Brasil, inclusive a condução do processo judicial no qual é réu o ex-presidente [Jair] Bolsonaro”.
O Brasil permanece aberto a prosseguir com as negociações comerciais iniciadas em 7 de março deste ano e interrompidas após a publicação da carta do presidente Trump de 9 de julho […]. Afirmei que o Poder Judiciário é independente no Brasil, tanto no âmbito interno, quanto não se submeterá a pressões externas.
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A decisão de sancionar Moraes ocorreu menos de duas semanas após o Departamento de Estado dos EUA revogar o visto do ministro e familiares, em 18 de julho. Marco Rubio afirmou nesta 4ª feira (30.jul) que este é “um aviso para aqueles que atropelam os direitos fundamentais de seus compatriotas” e que “as togas judiciais não podem protegê-los”.
Trump também assinou nesta quarta-feira (30.jul) um decreto que formaliza a taxação de 50% sobre produtos brasileiros. A taxa entra em vigor em 6 de agosto.
Retorno esta noite ao Brasil e informarei ao presidente Lula o conteúdo das discussões que realizei nos Estados Unidos, visando estabelecer as respostas do Brasil em relação às medidas anunciadas pelo Departamento de Estado do Tesouro e pela Casa Branca.
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Fonte por: Poder 360