O BRICS é uma solução para o Brasil, declara Tebet

A ministra argumenta em favor de uma abordagem prática nas negociações comerciais e destaca a relevância da união dos países da América do Sul.

30/07/2025 15h17

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(Imagem de reprodução da internet).

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defendeu nesta quarta-feira (30.jul.2025) a relevância do Brics para o Brasil no contexto geopolítico mundial atual. “O Brics não é problema nessa equação; o Brics, hoje, para o Brasil, é solução”, declarou a ministra.

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A afirmação foi feita durante o evento “Logística no Brasil”, na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) em São Paulo, promovido pelo Valor com apoio da Infra S.A e do Ministério dos Transportes.

Ao apresentar dados sobre a dependência comercial com países asiáticos, a ministra defendeu a ampliação das relações estratégicas para além dos Estados Unidos. “A nossa dependência do agronegócio com países asiáticos é de quase 50% e 10% com os EUA”, afirmou, explicando por que a integração sul-americana é fundamental para o Brasil, considerando que o acesso mais eficiente se dá pela Ásia.

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Tebet ressaltou que o Brasil deve avaliar de forma prática as novas políticas tarifárias dos Estados Unidos, buscando determinar quais produtos brasileiros podem ter suas tarifas reduzidas, incluindo café e frutas. Com base nessa análise, o governo brasileiro poderá elaborar estratégias específicas para diversos setores.

A ministra afirmou que é preciso diferenciar “o que é espuma e o que é chope” nas políticas comerciais norte-americanas. “Também é necessário compreender o que os EUA querem do Brasil e o que eles farão para não inflacionar seus produtos”, acrescentou, sugerindo que os americanos poderiam reduzir tarifas para produtos “daquilo que interessa aos EUA, porque eles são pragmáticos”.

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Destacou-se que as ações emergenciais do governo brasileiro assegurarão a responsabilidade fiscal, sendo implementadas majoritariamente fora do escrutínio fiscal.

Críticas a Trump

A ministra agradeceu que Trump não tenha sido reeleito ao final do primeiro mandato, quando perdeu a : “A nossa sorte é que Trump não foi reeleito e, nesse ‘gap’, muitos países se reposicionaram”. Ela destacou que “O Brasil fez o dever de casa com as rotas de integração sul-americana”.

A análise de Tebet sobre o recente acordo entre EUA e União Europeia o classificou como fraco, questionando a habilidade da UE em realizar os investimentos prometidos aos americanos, em detrimento da proteção militar ou bélica que a Europa tem com a preocupação de uma possível invasão da Rússia.

Em contrapartida, a ministra afirmou que “quando analisamos o Brasil, não se observa tal cenário”, ressaltando que o saldo comercial entre Brasil e Estados Unidos é positivo para os americanos.

Tebet reconheceu a gravidade do momento, sobretudo para estados como São Paulo, mas ressaltou que o país não pode negligenciar sua rede diversificada de parceiros comerciais.

Fonte por: Poder 360

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