O Canadá irá cancelar o imposto sobre serviços digitais (tributo para empresas online), conforme comunicado do governo no domingo (29), buscando reativar as negociações comerciais com os Estados Unidos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendeu na sexta-feira (27) as negociações comerciais entre os dois países, devido ao imposto que ele descreveu como “um ataque direto e flagrante ao nosso país”.

O governo canadense declarou, em comunicado divulgado na noite de domingo, que renunciaria ao imposto com o objetivo de reconvocar os países para as negociações.

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Para sustentar essas negociações, o ministro das Finanças e da Receita Nacional, François-Philippe Champagne, anunciou que o Canadá revogaria o Imposto sobre Serviços Digitais, em previsão a um acordo comercial abrangente e mutuamente vantajoso com os Estados Unidos.

Em linha com essa decisão, o primeiro-ministro Carney e o presidente Trump concordaram que as partes retomariam as negociações com o objetivo de alcançar um acordo até 21 de julho de 2025.

A tributação de serviços digitais representa uma maneira pelos países de taxarem serviços prestados online, diferentemente dos impostos sobre bens tangíveis.

Trump considerou as tarifas como barreiras comerciais não tarifárias, mecanismos utilizados por outros países para restringir a concorrência em seus territórios, frequentemente prejudicando as empresas americanas.

A partir de segunda-feira (30), o imposto canadense estará em vigor. A alíquota digital proposta pelo Canadá é de 3% da receita de serviços digitais que uma empresa obtém de usuários canadenses com receita superior a US$ 20 milhões em um ano civil, sendo os pagamentos aplicáveis a partir de 2022.

Isso afetaria grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos, como Amazon, Meta, Google e Apple, entre outras.

Canadá e Estados Unidos são parceiros comerciais relevantes, porém Trump interrompeu essa relação após assumir o cargo em janeiro.

O Canadá é o maior importador de produtos americanos, com compras de US$ 349 bilhões no ano passado, conforme dados do Departamento de Comércio. Em contrapartida, o país exportou US$ 413 bilhões em bens para os Estados Unidos no ano passado, sendo a terceira maior origem de produtos estrangeiros.

As informações da Reuters.

Fonte por: CNN Brasil