A OPEP+ anunciou, neste sábado (3), o acordo para acelerar os incrementos na produção de petróleo pelo segundo mês consecutivo. A decisão elevará a produção em junho em 411 mil barris por dia, mesmo com a queda dos preços e as previsões de menor demanda.
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Após uma reunião virtual, o grupo de produtores anunciou o aumento da oferta, afirmando que os fundamentos do mercado de petróleo são favoráveis.
Os preços do petróleo atingiram uma queda de quatro anos em abril, com valores abaixo de US$ 60 por barril, após a OPEP+ anunciar um aumento de produção superior ao esperado para maio e devido à preocupação com a fragilidade da economia global, impulsionada pelas políticas do presidente dos EUA, Donald Trump.
A OPEP+ informou que a Arábia Saudita está exercendo pressão sobre a organização para acelerar o retorno dos cortes de produção anteriores, visando penalizar Iraque e Cazaquistão devido ao baixo cumprimento de suas metas de produção.
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Os incrementos também acompanham os esforços de Trump para que a OPEP+ eleve a produção. Trump visitará a Arábia Saudita no final de maio.
Em dezembro, oito países da OPEP+ que adotaram o mais recente corte de produção de 2,2 milhões de bpd, decidiram eliminá-lo gradualmente, por meio de incrementos mensais de aproximadamente 138 mil bpd, a partir de abril de 2025.
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O aumento de junho dos oito elevará o aumento total combinado de abril, maio e junho para 960 mil bpd, correspondendo a uma reversão de 44% do corte de 2,2 milhões de bpd, segundo cálculos da Reuters.
Os contratos de petróleo bruto do Brent (COc1) caíram mais de 1% na sexta-feira, atingindo US$ 61,29 por barril, em meio à expectativa de aumento da oferta da OPEP+.
A Reuters reportou que as autoridades sauditas, que lideram efetivamente a OPEP+, comunicaram a aliados e autoridades do setor que não estão dispostas a manter os mercados de petróleo com novos cortes no fornecimento.
A conformidade permanece o principal foco, com Cazaquistão e Iraque ainda não atingindo suas metas de compensação, juntamente com a Rússia, em menor escala, afirmou Helima Croft, da RBC Capital Markets.
A OPEP+, que engloba a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e parceiros como a Rússia, continua reduzindo a produção em cerca de 5 milhões de barris por dia, com a maioria dos cortes mantidos até o fim de 2026.
O grupo pretende conduzir uma reunião ministerial integral em 28 de maio.
Professor aponta problema estrutural na economia mundial.
Fonte: CNN Brasil