O CBIC afirma que haverá menos recursos para habitação no país
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Renato Correia, afirmou que uma alternativa ao aumento do IOF terá impactos no mercado imobiliário.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia, declarou em entrevista à CNN Money na segunda-feira (9) que as ações anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, resultarão em menor disponibilidade de recursos para a habitação no país.
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O setor manifesta grande preocupação com as novas medidas. Compreende-se que o governo necessita equilibrar as contas fiscais, trabalhando as receitas e a eficiência dos gastos, mas não tem observado ações de corte de despesas para alcançar esse equilíbrio com a menor carga tributária possível.
No domingo (8), Haddad anunciou ao lado de lideranças partidárias da Câmara dos Deputados algumas medidas de arrecadação que são alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), após o problema causado por um decreto governamental há algumas semanas.
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A oferta inclui o encerramento da isenção do rendimento das Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), que não estavam sujeitas a impostos e atuam como estímulo ao mercado habitacional brasileiro.
“Foi uma medida positiva a criação das LCIs e, com a taxação, tornou-se um desincentivo”, acrescentou Correia.
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O presidente da CBIC destacou que há um déficit habitacional de aproximadamente 7 milhões de unidades habitacionais. Ele afirmou que as novas medidas impactarão sobretudo a classe média que procura financiar um imóvel.
É uma medida utópica falar em zerar o déficit habitacional, mas demonstra o tamanho que nosso país tem em relação à habitação, que é um direito constitucional e não possui uma previsão orçamentária garantida, assim como tem a saúde e a educação.
O financiamento tem sido a principal preocupação do setor quando se trata de imóveis para a classe média, acima de R$ 500 mil e até R$ 2 milhões. Esse público necessita de alternativas para complementar o pagamento. A falta de recursos da poupança, o aumento da Selic e, agora com a tributação, isso demonstra um desestímulo.
As compras internacionais sob as novas regras do IOF.
Fonte por: CNN Brasil