O Censo do IBGE revela que o Brasil possui 14,4 milhões de pessoas com deficiência
O estudo do instituto revelou que 2,4 milhões de indivíduos foram diagnosticados com transtorno do espectro autista no Brasil.

O Brasil registra 14,4 milhões de pessoas com deficiência, conforme dados do Censo 2022, revelados nesta sexta-feira, 23, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Setenta e três mil e quinhentos e oitenta e sete indivíduos com deficiência representam 7,3% da população do país. Essa população, conforme o instituto, está distribuída em 16% dos lares brasileiros, que abrigam uma ou mais pessoas com deficiência.
As mulheres representam a maioria neste recorte: 8,3 milhões contra 6,1 milhões de homens nesta condição. Há, também, variações significativas na comparação por faixas etárias.
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Visão prejudicada prevalece.
A dificuldade de visão, mesmo com óculos ou lentes de contato, é a deficiência mais comum entre os brasileiros. Estima-se que 7,9 milhões de pessoas apresentem essa condição.
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A segunda principal barreira apontada é a dificuldade de locomoção, mesmo com o emprego de próteses ou outros dispositivos de auxílio. Um total de 5,2 milhões de indivíduos informaram ao instituto que apresentam essa deficiência.
O Censo também identificou 2,7 milhões de pessoas com dificuldades funcionais relacionadas à destreza manual (como pegar objetos pequenos ou abrir e fechar tampas) e com dificuldades funcionais relativas às funções mentais (com impactos na comunicação, cuidados pessoais, trabalho ou estudo). Adicionalmente, o País possui outras 2,6 milhões de pessoas que apresentam dificuldade para ouvir, mesmo utilizando aparelhos auditivos.
Aproximadamente 2% da população brasileira com deficiência apresentam duas ou mais dificuldades funcionais indicadas.
Transtorno do espectro autista
A pesquisa divulgada nesta sexta-feira também monitorou a população brasileira com diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA). Segundo o Censo, foram identificadas 2,4 milhões de pessoas com TEA no Brasil. Esse grupo representa 1,2% da população do país.
O estudo aponta que a incidência é maior entre homens do que entre mulheres, com 1,4 milhões de homens com TEA e 1 milhão de mulheres diagnosticadas.
Entre os grupos etários, a incidência de diagnóstico de autismo foi maior nos mais jovens:
Representa 46,1% do total de pessoas com autismo, considerando que esse grupo corresponde a 2,4 milhões de indivíduos.
Dados são novidades.
O Censo 2022 inclui, pela primeira vez, dados sobre autismo, com a inclusão de um item no questionário que permitia ao respondente informar se os moradores do domicílio já haviam recebido diagnóstico de autismo por um profissional de saúde.
Fonte: Carta Capital