O chefe do banco central dos EUA, Francisco Rosengren, prevê duas reduções na taxa básica de juros em 2024
O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve o intervalo determinado para a taxa básica de juros em 4,25% a 4,5%.

O presidente do Federal Reserve de Minneapolis, Neel Kashkari, mantém sua visão de que o descontrole da inflação possibilitará que o banco central dos Estados Unidos reduza sua taxa de juros em duas ocasiões em 2024, a partir de setembro.
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Kashkari também apontou, em um ensaio publicado nesta sexta-feira (27), que, caso a inflação se estabilize ou inverta sua trajetória, o Fed poderá interromper o ciclo de redução das taxas de juros até que os preços demonstrem sinais de alívio.
Ele afirmou que as tarifas indicam que um aumento da inflação provavelmente está se aproximando, à medida que mais produtos da Ásia, sujeitos aos maiores aumentos tarifários, chegam às prateleiras das empresas dos EUA.
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As empresas, sem a redução de tarifas por meio de acordos comerciais, iniciaram a repassagem dos aumentos de preços, mesmo não querendo correr o risco de irritar os clientes.
Kashkari afirmou que o impacto das tarifas sobre a inflação pode se manifestar com atraso em relação ao que se previa.
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Ele afirmou que, até então, os dados econômicos mostraram apenas uma marca discreta dos impactos das tarifas sobre os preços, a atividade ou o mercado de trabalho, com a inflação voltando a seguir a meta de 2% do Fed.
Isso pode indicar, na sua visão, que as empresas receberam isenções, modificaram seus caminhos de abastecimento ou estão buscando formas de evitar completamente os impostos, diminuindo o efeito sobre a inflação.
Kashkari afirmou que esses sinais contraditórios o levaram a manter a expectativa de dois cortes até o fim de 2025, o que sugere um possível primeiro corte em setembro, caso não ocorra algum evento inesperado antes disso.
Se realizarmos o corte em setembro e os impactos das tarifas se manifestarem neste outono, acreditamos que não devemos estar em um caminho de afrouxamento previamente estabelecido, mas poderíamos nos adaptar aos novos dados, complementou.
Podemos manter a taxa de juros no novo patamar até que tenhamos maior confiança de que a inflação retornará à nossa meta.
Atualmente, Kashkari afirmou: “É preciso dar maior ênfase à inflação real e aos dados econômicos reais que estamos observando, sem nos comprometermos com uma trajetória de afrouxamento, se os efeitos das tarifas forem apenas adiados.”
Na última semana, o Comitê de Política Monetária manteve o patamar das taxas de juros entre 4,25% e 4,5%.
O Brasil apresenta a segunda maior taxa de juros reais do mundo, em razão do aumento da taxa Selic.
Fonte por: CNN Brasil