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O Conselho de Segurança da ONU recusou a proposta da Rússia que solicitava um cessar-fogo em Gaza


O Conselho de Segurança da ONU recusou a proposta da Rússia que solicitava um cessar-fogo em Gaza
(Foto Reprodução da Internet)

o Conselho de Segurança da ONU rejeitou a resolução da Rússia que buscava um cessar-fogo em Gaza, uma região central no conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas. A proposta obteve cinco votos a favor, cinco contrários e seis países se abstiveram, incluindo o Brasil.

A resolução russa pedia um cessar-fogo imediato na região, a criação de corredores humanitários e condenava todos os atos terroristas, mas não mencionava o Hamas. O conflito no Oriente Médio já resultou em mais de 4 mil mortes, a maioria delas civis, e organizações internacionais têm alertado sobre as terríveis condições humanitárias na região.

A reunião foi suspensa com a rejeição da proposta russa e será retomada na terça-feira.

A proposta brasileira ganhou destaque e agora os países membros da ONU devem discutir o texto apresentado pelo Brasil durante o encontro. A resolução brasileira busca equilibrar os interesses de todas as partes envolvidas. Ela condena de forma clara os atos terroristas do Hamas contra Israel, buscando evitar um possível veto por parte dos Estados Unidos, Reino Unido e França.

Além disso, pede a Israel que abandone o ultimato dado aos habitantes de Gaza, que se encerrou no último sábado, e que interrompa a incursão militar na região.

Nessa proposta também exige que Israel ponha fim ao bloqueio total da região, que deixou Gaza sem acesso a água, alimentos e eletricidade. Além disso, o texto solicita que outros países da região exerçam o máximo de contenção para evitar que os conflitos se espalhem pelo Oriente Médio. Desde a semana passada, existe o receio de envolvimento do Irã, Líbano e Síria no conflito, com relatos de tiroteios nas fronteiras e acusações hostis.

Para que uma resolução seja aprovada no Conselho de Segurança, são necessários votos favoráveis de nove dos 15 membros, e nenhum dos cinco membros permanentes – Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França – pode votar contra devido ao poder de veto.

Essa é a segunda reunião do Conselho que termina sem consenso. Na semana passada, o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, instou os líderes mundiais a agirem rapidamente na busca por um consenso diante da ameaça de uma catástrofe humanitária.

“O Conselho tem uma responsabilidade crucial, tanto na resposta imediata aos acontecimentos da crise humanitária do momento, assim como nos estágios futuros, ao intensificar as relações multilaterais necessárias para restaurar um processo de paz”, destacou. “Nem os israelenses, nem os palestinos deveriam passar por sofrimentos semelhantes outra vez”.


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