O debate entre Jerônimo e bolsonaristas influencia a esquerda?

A pregação de violência política ocorreu durante a inauguração de uma escola estadual.

05/05/2025 23h55

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(Imagem de reprodução da internet).

Caio Coppolla e o advogado e professor de direito constitucional Alessandro Soares debateram, em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), a declaração do governador da Bahia contra os bolsonaristas.

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O petista afirmou, em evento na Prefeitura de João Dourado, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores se encontram em situação de marginalização.

Jeronimo criticou Bolsonaro pelo desempenho do então presidente durante a pandemia. “Tivemos um presidente que sorria daqueles que estavam com falta de ar.”

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Copolla acredita que a declaração do governador revela uma postura intolerante do governador da Bahia. “Alguém precisa alertar o [governador] da Bahia que, se ele possui provas de crimes cometidos durante a pandemia, ele tem condições de denunciar e solicitar a investigação da gestão passada, do ex-presidente Bolsonaro.”

Para Alessandro Soares, a fala é prejudicial às correntes mais democráticas da esquerda. Ele afirma que o tom mais agressivo da fala não corresponde às suas ideias.

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Ao se observar a retórica do ex-presidente Jair Bolsonaro ou da extrema-direita, essa manifestação com referência à violência já compõe um retrato comum. Mesmo considerando que o governador pediu desculpa, que disse ter sido descontextualizado, mesmo numa referência à pandemia, ainda assim tem um certo impacto. Isso não é esperado de um governador de esquerda e isso causa um desconforto para esse setor do espectro político.

Em resposta à declaração de Jerônimo Rodrigues, o deputado estadual Leandro de Jesus, do PL, protocolou um pedido de impeachment contra o governador. No documento, o deputado destaca que a frase de Jerônimo “remete a práticas de genocídio e violação em massa dos direitos humanos, sendo absolutamente incompatível com os postulados do Estado Democrático de Direito”.

Coppolla argumenta que essa demanda é simbólica, pois reflete o descontentamento da oposição na Bahia em relação ao caso. “É a reprovação ao comportamento, à postura e à fala do governador petista”, declarou.

Já Alessandro, não acredita que o episódio gere uma punição por um crime de responsabilidade a Jerônimo Rodrigues.

Considero muito difícil, considerando o contexto. Quando discutimos uma situação em que alguém pode ser punido no âmbito do Estado de Direito, e quando abordamos o impeachment e o crime de responsabilidade, é preciso imaginar que a sanção da perda do cargo só se apresenta como possível em uma situação extremamente grave.

Fonte: CNN Brasil

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