O Demolidor, um ex-policial, foi afastado após um incidente durante o Carnaval
Paulo Rogério da Costa Coutinho teve sua exoneração divulgada no Diário Oficial do Estado na quarta-feira (14).

Paulo Rogério da Costa Coutinho é ex-soldado da Polícia Militar de São Paulo, afastado após processo disciplinar no Tribunal de Justiça Militar de São Paulo por ter deixado o posto de serviço para permanecer em um camarote durante o Carnaval.
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O ex-policial militar, popularmente conhecido como Demolidor, é influenciador digital e conta com mais de 145 mil seguidores na plataforma Instagram.
O ex-agente trabalhou na Polícia Militar por 19 anos, atuando na primeira companhia do 18º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (18 BPMM).
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Ele se descreve em um vídeo após o resultado do processo disciplinar na Justiça Militar como um policial honesto e trabalhador, que sempre tratou o cidadão de bem com respeito, amor e carinho.
O ex-policial declara nunca ter matado alguém injustamente, ter roubado, retirado dinheiro de cidadãos ou participado de esquemas de suborno. Ele cita ter matado um “vagabundo” que “merecia morrer”.
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Além das atividades policiais, Paulo Rogério utiliza as redes sociais para compartilhar interesses como o amor pelo Corinthians, clube de coração, e pelos cuidados com o cachorro Wagner, que recebe tratamento médico especial.
Expulsão da Polícia Militar
Paulo Rogério teve sua demissão publicada no Diário Oficial do Estado na quarta-feira (14). O motivo oficial da demissão foi “transgressão disciplinar grave”, prevista no Regulamento Disciplinar da Polícia Militar (Lei Complementar 893/01). Ele foi acusado do cometimento de “atos atentatórios desonrosos”.
A acusação específica se refere ao seu comportamento durante a Operação Carnaval, no Sambódromo do Anhembi, em 22 de abril de 2022. O Conselho Disciplinar (CD) concluiu que permaneceu no interior do Camarote Brahma por aproximadamente 1 hora e 40 minutos, sem autorização de seus superiores hierárquicos e sem registro de solicitação de ocorrência que justificasse sua presença.
O ex-agente resumiu a decisão final, afirmando que o documento avaliou que ele “não possuía mais condições morais para permanecer no serviço ativo” da Polícia Militar, segundo Paulo.
O ex-soldado Coutinho refuta a versão, alegando que entrou no camarote somente para utilizar o banheiro, com a permissão do tenente responsável pela operação e de um sargento. Ele nega ter comparecido ao local para entretenimento.
Devido à sua notoriedade, recebeu diversas abordagens para fotos e conversas, às quais respondeu com atenção, em consonância com o que ele considera ser o preceito da PM: o tratamento adequado da população. Acredita ter cumprido sua missão com sucesso e que a acusação de descumprimento e atos desonrosos é injusta.
Ele manifesta profunda tristeza e consternação diante da demissão, referindo-se a si mesmo como vítima de perseguição na argumentação por possuir personalidade forte, defender seus direitos (como o direito de ter tatuagens) e não ceder.
Apesar da demissão, ele afirma que “nunca deixará de ser policial, porque a polícia está no sangue”.
Fonte: CNN Brasil