O dolar caiu e a bolsa se encostou devido à agitação causada por Donald Trump sobre as tarifas

16/04/2025 às 17h07

Por: José News

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(Imagem da internet).

“O efeito tarifação voltou a influenciar os mercados cambiais e as atividades no Brasil. Nesta quarta-feira (16/4), o dólar apresentou queda de 0,44%, cotado em R$ 5,86. O Ibovespa, principal índice da Bolsa Brasileira (B3), registrou uma baixa de 0,68% até os 128.363 pontos.”

Os dois movimentos – tanto a queda da moeda norte-americana (dólar) quanto o recuo no Ibovespa – foram concordantes com o panorama global. No planeta, foi um dia de tempestade perfeita. o dólar sofreu perdas em relação a boa parte das outras moedas e a maioria dos mercados financeiros cedeu fora do país (mundo).

Nesta quarta-feira, não houve falta em turbulências. A Casa Branca informou que as tarifas contra a China chegam até à taxa de 245%. O número causou surpresão uma vez que o limite anunciado na semana passada era de 145% (número resultante da somatória do imposto adicional de 125%, mais os outros 20% relacionados à crise do fentanil).

A administração estadunidense também proíbe a Nvidia da venda do chip de Inteligência Artificial H20 para os chineses. A empresa informou que sofrerá uma perda estimada em US$ 5,5 bilhões no trimestre como consequencia dessa medida. O produto foi desenvolvido especificamente para o mercado chinês e é utilizado nos datacenters de gigantes asiáticos como Tencent, Alibaba e ByteDance.

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Powel se inquieta

Além disso, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou que as tarifas de Trump atingiram um nível superior ao esperado. Isso mesmo diante da perspectiva ” mais extrema”.

Powell observou que as alterações promovidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em sua política comercial devem afastar o BC americano das metas. A hipótese atual é a existência da queda no emprego devido à desaceleração econômica simultânea com um aumento na inflação causado pelos impostos comerciais.

Negócio ao detalhe elevado

As vendas do varejo americano registraram um aumento de 1,4% em março, conforme dados divulgados nesta quarta-feira pelo Departamento de Comércio dos EUA. Porém, para analistas financeiros, esses resultados foram preventivos. Os consumidores estariam adiantando as compras de produtos antes da vigência das tarifas, como no caso do setor automobilístico.

Dólar teve queda generalizada

Neste caso scenario – e com análises como aquela feita por Powell – as perdas do dólar foram gerais. Às 16h50 ele caía em aproximadamente 0,96%, de acordo com o índice DXY que compara a moeda americana à uma cesta de seis divisas dos países desenvolvidos. “Essa queda próxima ao 1% comparada para os pares do EUA é muito alta”, diz Emerson Vieira Junior, responsável pela mesa de cambio da Convexa Investimentos.

Em comparação com outras moedas de países em desenvolvimento, também houve uma queda do dólar. Às 16h50 ele registrou um desvalorizamento de 0,66% ao peso mexicanho. Ainda maior foi a redução no valor colombiano: 1,02%, à mesma hora.

IPOBESPA DIVIDOADA

As turbulências causadas pelos preços também atingiram os mercados dos capitais. Porém, a queda do Ibovespa foi parcialmente compensada, observa João Vitor Saccardo da mesa de rendas variáveis na Convexa. Ele considerou que embora o índice tenha recuado em 0,5%, algumas ações tiveram um aumento. “Os investidores estão apostando nas empresas dos setores capazes de se beneficiar com as tarifação’s, como do agronegócio”, diz o analista.

Ásia denuncia o Golpe

A maioria das Bolsas asiáticas encerrou em queda neste quarta-feira. O índice Nikkei 225 de Tóquio caiu 1,01%, e o Kospi de Seul baixou 1,21%. Em Hong Kong, a Bolsa Hang Seng recuoou em 1,93%. Contra isso, no bloco continental da China, o Composto do Xangai subiu 0,26%.

Europa misturada

Na Europa, como dizem os analistas, as principais bolsas encerraram “sem uma direção única”. O índice Stoxx 60o, que reúne empresas de 17 países, caiu em 0.19%. Já o CAC40, da Bolsa de Paris e do FTSE 100, na Bolsa de Londres, alcançaram uma estabilidade ao encerrarem com um queda respectivamente de 0.07% e crescimento em 0.32%. Por outro lado o DAX da Bolsa Frankfurt subiu por seu turno no valor aproximado aos 0.27%.

Nos Estados Unidos, índices estão se fundindo

Os principais índices dos Estados Unidos seguiram uma mesma direção: descem. O S&P 500 caiu em 2,8%; o Dow Jones teve queda de 2,1%, e a Nasdaq – que concentra as empresas da tecnologia – registrou um recuo de 3,8%.

Fonte: Metrópoles

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