O enfraquecimento do centro ocorreu antes da figura do morador de rua
A ausência de uma política de recuperação, o desrespeito ao patrimônio público e a especulação imobiliária fomentam a insegurança. A degradação da área central é um tema que gera intenso debate em Rio Claro.

A ausência de uma política de recuperação, o desrespeito ao patrimônio público e a especulação imobiliária fomentam um cenário propício à insegurança.
O debate acalorado em Rio Claro se concentra na degradação da área central. Discute-se amplamente a invasão por moradores em situação de rua (entre os quais, alguns envolvidos em furtos e roubos, sem justificativa para generalizações), mas essa é uma questão que surgiu após uma série de outros problemas.
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Há anos o Centro enfrenta um processo de esvaziamento decorrente de fatores como o crescimento do modelo de condomínio residencial e o avanço da tecnologia, que possibilita atualmente que as compras e transações sejam realizadas “on-line”, sem a necessidade de sair de casa.
O encerramento de agências e lojas, somado à escassez de moradores, gera um cenário favorável à insegurança. O poder público, além de fortalecer as equipes de policiamento, deve implementar uma política de revitalização, oferecendo incentivos para a ocupação do espaço por moradores e negócios. Essa iniciativa já possui exemplos bem-sucedidos. É fundamental também preservar o patrimônio histórico, considerando que muitos imóveis fechados e/ou abandonados são de propriedade pública, como a antiga área da ferrovia, a extinta escola Irineu Penteado e o antigo prédio da escola Marcello Schmidt.
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O próprio Jardim Público, que há décadas negligenciado e sem investimentos, atualmente é apontado como centro do problema, o que já era previsível. Há também uma parcela que cabe à iniciativa privada, já que a especulação imobiliária muitas vezes impede que esses imóveis voltem a ser ocupados. Se não houver um enfrentamento da questão, dificilmente será possível salvar o Centro.
Enfrentamos uma nova realidade econômica e financeira. Estou sendo até chato, internamente, lá na prefeitura porque temos que cortar gastos mínimos. E nós, não é Rio Claro, é o Brasil (…), a regra do país e das nossas cidades, é um grande desafio.
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Em entrevista à rádio Jovem Pan News, o coronel Sabino, comandante do Comando de Policiamento do Interior da Polícia Militar (CPI-9), defende o resgate da função original da corporação. “Quando a polícia quer fazer campanha do agasalho, quando a polícia quer fazer doação de sangue, quando a polícia quer fazer equoterapia, ela está deixando de proteger a população, deixando de combater o crime”. Ao apresentar estatísticas do período em que está à frente da PM na região, com o CPI9 coordenando 55 municípios, o novo comandante foi enfático. “A minha principal estratégia é trazer a polícia para as funções as quais ela foi concebida”, disse.
Sem definição.
A publicação do Refis em Santa Gertrudes gerou dúvidas entre os leitores do JC se Rio Claro terá programa para atender os contribuintes que possuem dívidas com a prefeitura. Questionada, contudo, desde a semana passada, a administração municipal não respondeu se o parcelamento será oferecido neste ano. O último foi realizado em dezembro do ano passado.
Na data de 9 de maio, foi inaugurada a Maternidade Nayara Baraldi, no Hospital Madre Vannini (foto abaixo), em Conchal. A unidade homenageia a obstetriz e professora universitária rio-clarense Nayara Girardi Baraldi, que faleceu em 2023. Reconhecida por seu trabalho de incentivo à amamentação infantil e atuação como obstetra em partos naturais, normais e humanizados, Nayara era muito conhecida e estimada. A maternidade possui 3 leitos PPPs (Pré Parto, Parto e Pós Parto), com uma equipe de 7 obstetrizes para atender as gestantes da cidade e é custeada pelo SUS.
Fonte: Jornal Cidade