O exército de Israel confirmou uma operação no maior hospital de Gaza
15/11/2023 às 13h36
As Forças de Defesa de Israel (FDI) realizaram uma ação no maior hospital de Gaza durante a noite de terça-feira (14/11), no horário brasileiro. A operação foi precisa e teve um alvo específico, o hospital de Al-Shifa, conforme comunicado oficial das tropas.
As FDI estão realizando um ataque em terra em Gaza para combater o Hamas e salvar reféns. Israel está em conflito com o Hamas, não com os civis de Gaza.
De acordo com as FDI, entre as tropas há médicos e pessoas que falam árabe. Elas receberam treinamento específico para o ambiente. As tropas disseram que, na segunda-feira (13/11), ordenaram que todas as atividades militares do Hamas parassem na unidade, mas isso não foi cumprido.
“Nas últimas semanas, as FDI alertaram publicamente repetidas vezes que o uso militar continuado do hospital de Shifa pelo Hamas põe em risco o seu estatuto protegido pelo direito internacional, e permitiu tempo suficiente para pôr fim a este abuso ilegal do hospital”, diz.
O Hamas e trabalhadores da área da saúde em Gaza negaram a presença do grupo extremista. No entanto, as Forças de Defesa de Israel afirmam que têm evidências, como as encontradas no Hospital Rantisi recentemente.
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Israel declarou que forneceu itens médicos de extrema importância, como incubadoras e alimentos para bebês.
Segundo a Al Jazeera, um médico disse que há 650 pacientes no hospital. Ele também mencionou que o hospital está abrigando entre 2 mil e 3 mil pessoas deslocadas, além de 700 médicos e administradores.
Na última segunda-feira, tropas de Israel trocaram tiros com integrantes do Hamas perto do hospital Al-Quds em Gaza. Esse confronto resultou na morte de 21 membros do grupo extremista.
Comunicado divulgado pelas FDI afirma que o tiroteio teria sido iniciado por um “esquadrão terrorista que se incorporou em um grupo de civis na saída do hospital”. O texto alega que a situação comprova o uso do Hamas de estruturas civis, incluindo hospitais, para realizar ataques.
Organizações estão preocupadas com a operação de Israel em um hospital.
A Cruz Vermelha ficou preocupada com a invasão de Israel ao Hospital Al-Shifa, e outras organizações ao redor do mundo também demonstraram preocupação.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha expressou grande preocupação com o impacto nos doentes, feridos, pessoal médico e civis. Em um comunicado enviado à AFP, eles ressaltaram a importância de tomar todas as medidas necessárias para protegê-los de quaisquer consequências negativas.
O chefe de ajuda humanitária da ONU, Martin Griffiths, expressou sua preocupação nas redes sociais, dizendo que hospitais não devem ser alvos de ataques militares. Ele ficou chocado com a situação.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, também no X, escreveu que “os relatórios de incursão militar no Hospital al-Shifa são profundamente preocupantes”.
“Perdemos contato mais uma vez com os profissionais de saúde do hospital. Estamos muito preocupados com a segurança deles e dos pacientes”, destacou Adhanom.