O governador do Rio diz que apenas a polícia deve atuar como polícia, referindo-se aos “justiceiros”

12/12/2023 às 9h45

Por: José News

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(Imagem da internet).

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), expressou sua desaprovação nesta segunda-feira (11) em relação às ações dos chamados “justiceiros” de Copacabana, que têm saído às ruas nos últimos dias para identificar e punir suspeitos de crimes na zona sul do Rio.

Embora reconheça a necessidade de melhorias na atuação da polícia, Castro afirmou que é responsabilidade do Estado combater o crime, não permitindo a participação de cidadãos comuns.

“A polícia é responsável por cumprir seu dever. É nossa obrigação. Não apoio a violência por parte da população, mas compreendo sua insatisfação com nosso trabalho. Somente quando a polícia desempenhar seu papel corretamente, ocasiões como essas não ocorrerão mais. Caso ocorram, também iremos enfrentar esses indivíduos (justiceiros)”, declarou Castro.

Na última sexta-feira (8), dois homens foram interrogados na 12ª DP, em Copacabana, durante a investigação sobre a possível incitação à violência por parte de moradores da área por meio da organização de grupos denominados “justiceiros”.

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Um dos depoimentos foi de William Correia, conhecido como “Xerife de Copacabana”. Ele postou um vídeo nas redes sociais convidando os moradores a saírem nas ruas para evitar a ação de criminosos. Depois, William negou que fazia parte do grupo.

A mobilização dos moradores começou após o empresário Marcelo Benchimol, de 67 anos, ser nocauteado por um assaltante em Copacabana, no dia 2 de dezembro.

Após o idoso ser agredido, o celular dele foi roubado. Poucos dias depois, a polícia prendeu Victor Hugo Jobim, de 22 anos, que admitiu ter cometido o crime.

Ontem, a polícia devolveu o celular de Marcelo Benchimol. O aparelho estava na casa de Victor Hugo, no Morro da Providência, no centro da cidade.

Após o caso, a PM anunciou um “corredor de segurança” na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, com policiamento reforçado entre 18h e 23h.

“É um momento delicado, mas já estamos trabalhando para solucionar o problema. Já realizamos várias operações para prender os criminosos”, diz Castro.

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