O ex-governador de São Paulo, João Doria, reiterou o pedido por uma comunicação entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Donald Trump, no contexto da crise tarifária, após o chefe do executivo brasileiro afirmar que não se humilharia em uma ligação com seu homólogo norte-americano. “Não há humilhação alguma em telefonar, desde que o objetivo seja tratar economicamente do tema e não politicamente”, declarou Doria em entrevista concedida a jornalistas após concluir um fórum realizado pelo Lide, sua empresa de eventos, em Mumbai, na Índia.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Na quarta-feira (6), em entrevista à Reuters, Lula afirmou não ter disposição para negociar com Trump e, por isso, não irá sofrer a humilhação de entrar em contato com o presidente norte-americano.
Antes de Doria, a fala do presidente brasileiro já havia sido criticada pelo governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), e pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado, Sérgio Longen. Ambos manifestaram o interesse de que os esforços por revogar a taxa de 50% sobre os produtos brasileiros fossem direcionados à diplomacia presidencial.
LEIA TAMBÉM!
Segundo Doria, Trump não tem razão ao impor a sobretaxa ao Brasil, mas isso não impede Lula de telefonar ao presidente dos Estados Unidos para discutir a medida e buscar uma solução. “Não há nenhuma humilhação em você telefonar para um chefe de Estado. Essa é uma visão política. Nesse sentido, talvez o presidente Lula fique muito próximo também do equívoco do presidente Trump”, disse Doria, referindo-se à motivação política (proteção ao ex-presidente Jair Bolsonaro), ao invés de comercial, citada no tarifário do presidente americano contra o Brasil. “Nesse sentido, podem se igualar. E não faz sentido ao presidente Lula deixar de telefonar, desde que, evidentemente, o faça com altivez”.
Com informações do Estadão Contigo
Publicado por Nótaly Tenório
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fonte por: Jovem Pan