O governo consolidado – composto por União, Estados, municípios e empresas estatais – apresentou um saldo primário de R$ 24,1 bilhões no período de 12 meses até maio. Trata-se do primeiro resultado positivo anualizado das contas públicas em dois anos. O último havia ocorrido em maio de 2023, com um superávit de R$ 39,0 bilhões.
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O Banco Central publicou o relatório “Estatísticas Fiscais” na segunda-feira (30.jun.2025). A íntegra do comunicado está disponível (PDF – 254 kB).
O governo central (composto pelo governo federal e Banco Central) obteve superávit de R$ 16,29 bilhões no acumulado de 12 meses até maio. Os governos regionais dos Estados e municípios registraram saldo positivo de R$ 15,29 bilhões no período. As empresas estatais apresentaram déficit de R$ 7,44 bilhões.
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O resultado principal indica se o governo teve um saldo positivo ou negativo, sem incluir os juros da dívida pública. Um superávit primário demonstra que a arrecadação com impostos, contribuições e outras fontes foi suficiente para cobrir as despesas ordinárias e os investimentos. Por outro lado, o déficit primário revela que o governo recorreu ao endividamento antes de quitar os encargos de juros.
O setor público consolidado apresentou um déficit nominal de R$ 922,0 bilhões nos doze meses acumulados até maio, considerando os gastos com juros da dívida. Essa situação representou uma redução em relação ao déficit de R$ 934,4 bilhões registrado em abril e em comparação com o saldo negativo de R$ 1,06 trilhão verificado em maio de 2024.
O resultado nominal compreende o resultado primário acrescido dos gastos com juros da dívida pública. Reflete de maneira mais abrangente a situação das finanças públicas, considerando o impacto total da política fiscal sobre o endividamento do país.
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O Brasil registrou gastos de R$ 946,1 bilhões em juros da dívida no período de 12 meses até maio, representando o segundo maior valor anualizado da série histórica, ficando atrás apenas de dezembro de 2024, quando o montante foi de R$ 950,4 bilhões.
A DBGG alcançou 76,1% do PIB em maio, elevando-se 0,2 ponto percentual em relação a abril. A seguir, o que impactou a relação dívida-PIB no mês:
Em 2023, a DBGG registrou uma diminuição de 0,4 ponto percentual devido aos seguintes fatores:
Em maio, o estoque de crédito da dívida bruta no Brasil atingiu R$ 9,3 trilhões, conforme dados do Banco Central.
Fonte por: Poder 360