O governo da Arábia Saudita realizou a execução de 17 indivíduos em um período de três dias
Em 2022, o país retomou a aplicação da pena capital para delitos envolvendo substâncias ilícitas.

A Arábia Saudita executou dois cidadãos sauditas por “terrorismo” nesta segunda-feira (4), elevando a 17 o número de execuções em três dias, segundo uma contagem baseada em anúncios oficiais. No fim de semana, o país do Golfo executou 15 pessoas. Apenas no domingo foram oito: sete estrangeiros (quatro somalis e três etíopes) por “contrabando de haxixe” e um saudita pelo assassinato da própria mãe.
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Desde o início do ano, a Arábia Saudita realizou mais de 230 execuções. A grande maioria, superior a 150, ocorreu em razão de acusações envolvendo drogas. O volume de execuções pode levar o país a ultrapassar o recorde de 338 sentenças de morte estabelecido no ano anterior.
Para Jeed Basyouni, da organização de defesa dos direitos humanos Reprieve, com sede em Londres, “o ano de 2025 mostrou um aumento notável nas execuções relacionadas a crimes envolvendo entorpecentes, especialmente no que diz respeito à cannabis”. “Isso é particularmente preocupante em um contexto mundial no qual a tendência está mais para a descriminalização da posse e do consumo de cannabis”, afirmou à AFP.
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Especialistas associam este aumento ao “guerra contra as drogas” lançada por Riade em 2023, sobretudo contra o consumo crescente de captagon, do qual o reino, a maior economia do mundo árabe, é um dos principais mercados, segundo a ONU.
A Arábia Saudita retomou as execuções por crimes relacionados com as drogas em 2022, após ter suspenso por três anos a aplicação da pena de morte em casos de narcóticos. Em 2022, 19 pessoas foram executadas, duas em 2023 e 117 em 2024 por crimes relacionados com as drogas.
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As autoridades sauditas argumentam que a pena de morte é necessária para preservar a ordem pública e que é aplicada somente após exauridas todas as possibilidades de recurso. Para os defensores dos direitos humanos, a manutenção da pena capital contraria a imagem de modernidade que o país almeja transmitir.
Com informações da AFP
Publicado por Nótaly Tenório
Fonte por: Jovem Pan