O historiador afirma que a hegemonia militar de Israel não assegura sucesso político

Análise da Ofensiva Israelense e suas Implicações Regionais

A recente ofensiva israelense contra o Irã demonstrou uma clara hegemonia militar de Israel e dos Estados Unidos na região. No entanto, essa superioridade bélica pode não se traduzir em uma vitória política, segundo o professor de Sociologia da UFRJ, Michel Gherman.

Em sua participação no WW Especial, o especialista aponta que, apesar do aparente sucesso militar, persistem incertezas sobre a possibilidade de retomada dos acordos de Abraão, que prometem redesenhar as relações entre os países do Oriente Médio.

Questão Palestina: Um Desafio Inevitável

Gherman destaca que, antes dos ataques de 7 de outubro, havia expectativas de avanços diplomáticos na região. Contudo, após os eventos, a questão palestina tornou-se um obstáculo aparentemente intransponível para negociações.

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O professor argumenta: “Tenho sérias dúvidas se essa hegemonia militar vai se traduzir no campo da política”. Ele acredita que, mesmo com o discurso recente de Benjamin Netanyahu sobre a retomada dos acordos de Abraão, a questão palestina pode voltar a ser considerada insolúvel em poucos dias.

A Atuação de Outros Atores Regionais

Além de Israel e dos Estados Unidos, a Alemanha aponta para a importância de outros países da região, como o Catar, que podem influenciar significativamente o redesenho do Oriente Médio.

O especialista conclui que, apesar da evidente vantagem militar, existem “impossibilidades políticas” decorrentes de questões contingenciais inerentes ao Oriente Médio, sendo a questão palestina um elemento central nesse complexo cenário geopolítico.

Fonte por: CNN Brasil